Terça-feira, 11 de março de 2025 Login
Nos últimos meses, casos alarmantes envolvendo bebidas energéticas acenderam um alerta para os riscos do consumo indiscriminado dessas bebidas. O ator Rafael Zulu, de 42 anos, foi internado após sofrer uma arritmia cardíaca grave depois de ingerir altas doses de energético. Segundo ele, tudo começou de forma inocente, depois um dia de lazer com a família, mas logo vieram palpitações, mal-estar e sensação de desmaio. O diagnóstico foi fibrilação atrial, um distúrbio no ritmo cardíaco que pode levar a complicações sérias.
O ator gravou um depoimento e suas redes sociais, alertando para o que lhe aconteceu. Confira aqui: https://www.instagram.com/p/DGgl0kgyDFr/
Outro caso recente chocante foi o da jovem Jazmin Garza, de apenas 20 anos, que sofreu convulsões e quatro paradas cardíacas depois de ingerir metade de uma lata de energético antes de ir para a academia. Sem histórico de problemas cardíacos, ela teve de ser ressuscitada e ficou internada em estado crítico. Os médicos suspeitam que a bebida, combinada ao esforço físico intenso, tenha causado o colapso.
Esses episódios não são casos isolados. Em todo o mundo, há relatos de mortes e complicações graves associadas ao consumo excessivo de bebidas energéticas. A questão é: quanto é seguro consumir? Quem deve evitar esse tipo de bebida? E quais são os reais impactos dos energéticos no organismo?
Energéticos: aliados ou vilões da saúde?
Bebidas energéticas são compostas principalmente por cafeína, além de taurina, guaraná, glucuronolactona, vitaminas do complexo B e açúcar. O objetivo é estimular o sistema nervoso central, reduzindo a fadiga e aumentando o estado de alerta. No entanto, o excesso pode sobrecarregar o coração, aumentar a pressão arterial e desencadear arritmias perigosas.
Estudos mostram que o consumo elevado de cafeína pode afetar a função cardiovascular, provocar insônia, ansiedade, tremores e até dependência química. Além disso, misturar energéticos com álcool potencializa os riscos, pois a bebida mascarar os efeitos do álcool, aumentando a chance de intoxicação alcoólica e comportamentos de risco.
Existe uma dose segura para o consumo de energéticos?
A dose máxima recomendada de cafeína para um adulto saudável é de 400 mg por dia – o equivalente a quatro xícaras de café filtrado. No entanto, uma única lata de energético pode conter entre 80 mg e 300 mg de cafeína, o que significa que, ao ingerir mais de uma, o limite diário pode ser facilmente ultrapassado.
Além disso, o organismo de cada pessoa reage de maneira diferente. Algumas pessoas são mais sensíveis à cafeína e podem sentir taquicardia, tremores e ansiedade mesmo com pequenas quantidades.
Quem NÃO deve consumir energéticos?
Pessoas com problemas cardíacos ou hipertensão
Indivíduos com transtornos de ansiedade ou insônia
Gestantes e lactantes
Crianças e adolescentes
Pessoas com doenças metabólicas, como diabetes
Aqueles que treinam intensamente, principalmente em dias muito quentes
Energéticos NÃO devem ser consumidos antes da prática de atividades físicas! A combinação do esforço físico com o aumento da frequência cardíaca causado pelo energético pode levar a desidratação severa e arritmias.
Quando o consumo pode ser perigoso?
Em excesso – mais de 400 mg de cafeína por dia pode gerar efeitos colaterais graves
Misturado com álcool – aumenta os riscos de intoxicação e comportamentos de risco
Antes de atividades físicas intensas – pode provocar arritmias e colapso circulatório
Para substituir o sono – a cafeína não substitui o descanso adequado
O consumo de bebidas energéticas pode parecer inofensivo, mas não é isento de riscos. Casos como os de Rafael Zulu e Jazmin Garza mostram que o excesso pode levar a internações e até à morte. O segredo está na moderação e na consciência dos efeitos no organismo.
Se você sente fadiga constantemente, talvez seja o momento de avaliar sua rotina de sono, alimentação e prática de exercícios, em vez de recorrer a estimulantes artificiais. Cuidar da saúde de forma equilibrada é a melhor forma de manter energia e bem-estar a longo prazo.
Caso apresente sintomas como palpitações, tremores, tontura, dor no peito ou falta de ar após o consumo de energéticos, procure um médico imediatamente. A vida vale mais do que qualquer estímulo momentâneo.
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