Quarta-feira, 13 de novembro de 2024 Login
O combate à dengue tem sido um trabalho incessante da Prefeitura de Umuarama que mobiliza todas as suas forças na educação ambiental e na eliminação dos criadouros e focos do mosquito Aedes aegypti. Agora a estratégia é combater fogo com fogo. A novidade será o uso método Wolbachia no município, que consiste na soltura de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria que evita a transmissão da dengue e das outras doenças.
Umuarama foi um dos municípios paranaenses selecionados para participar de um programa do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) sobre a inclusão de novas ferramentas no combate à dengue.
A cidade deve receber tecnologias para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, ao lado de Apucarana, Arapongas, Cambé, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranaguá, Ponta Grossa e Toledo, abrangendo 10 regiões estratégicas no Estado.
A notícia foi anunciada na Oficina de Estratificação de Risco e Novas Tecnologias para Controle Vetorial, realizada na última semana pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) junto com o Ministério da Saúde e a Opas com o objetivo de reforçar e aprimorar as estratégias de combate à dengue no Paraná.
Participaram cerca de 100 profissionais da saúde da Sesa, além de representantes dos municípios, como a coordenadora de Vigilância em Saúde de Umuarama, Maristela de Azevedo Ribeiro, e suas respectivas regionais de saúde. O encontro buscou avaliar e implementar novas tecnologias no controle do mosquito.
O QUE É O MÉTODO WOLBACHIA?
Desenvolvido na Austrália, o método Wolbachia é usado no Brasil porque o país é um dos 11 que compõem o Programa Mundial de Mosquitos. O Paraná conta com biofábricas para produção dos mosquitos geneticamente modificados em Foz do Iguaçu e Londrina. Em 2015, o método Wolbachia começou a ser implantado como projeto-piloto em Niterói (RJ) e de acordo com o MS, o município teve redução de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica.
De acordo com a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, as novas tecnologias são uma importante adição ao combate à doença, mas o engajamento da população continua sendo fundamental.
“As tecnologias vêm para fortalecer e otimizar nossas ações contra o mosquito, mas não podemos esquecer dos cuidados essenciais que dependem da população. A remoção de focos do mosquito nas residências e nos espaços comunitários é crucial para garantir que todo esse esforço conjunto do governo seja ainda mais eficaz”, completou.
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