Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 Login
O projeto “Viva PositHIVo”, do Departamento de Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL, desenvolveu um material educativo para promoção da saúde de pessoas que vivem com HIV (soropositivo). O material, com patente depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), tem como propósito apresentar de forma didática o processo de infecção do HIV, além de incentivar a adesão ao tratamento e reduzir a transmissão do vírus.
O material tem sido utilizado nas práticas da graduação do curso de Enfermagem e pelos residentes de Enfermagem em Infectologia da Universidade. Também está disponível, gratuitamente, para os serviços especializados no atendimento de pacientes soropositivos.
A ferramenta foi criada pela professora Gilselena Kerbauy, da área de infectologia, do Departamento de Enfermagem, com o objetivo de promover a saúde por meio de metodologia educativa, principalmente durante consultas de pessoas com HIV. O material é formado por um conjunto de peças que representam a corrente sanguínea, o vírus HIV, as células de linfócitos T CD4+, os comprimidos do tratamento antirretroviral e a ação dos antirretrovirais. No canal do Youtube do projeto há um vídeo explicativo. Assista.
Fase de validação
De acordo com Kerbauy, que é coordenadora do “Viva PositHIVo”, a ferramenta passou por uma fase de validação e sua efetividade foi analisada por profissionais e pacientes, que aprovaram o uso do material. A pesquisa foi realizada em conjunto com duas estudantes da área de infectologia da UEL, Ana Carolina Souza de Lima, mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem, e Blenda Gonçalves Cabral, residente de Enfermagem.
Entre os relatos, está o de um profissional infectologista, que afirma: “Excelente ferramenta para o trabalho educativo, muito simples, objetiva e didática. Atendemos muitas pessoas com baixa escolaridade e este pode ser mais um recurso ilustrativo para contribuir com o diálogo junto aos usuários. Informações estruturadas de forma didática, fica muito claro a importância da adesão ao tratamento”.
Pessoas que vivem com HIV, principal público-alvo do projeto, também avaliaram a didática da ferramenta. “Tive o prazer de receber essa explicação pessoalmente em meu diagnóstico e foi muito esclarecedora, tirou um imenso medo e preconceito sobre o tratamento e como ele acontece. A explicação conforta e deixa quem ouve mais calma, com sensação de segurança e longevidade, mais que uma dose de fármaco é uma dose de esperança”, relatou uma paciente que participou da análise.
HIV – HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, uma infecção crônica que interfere na capacidade de defesa do sistema imunológico, sendo inclusive a causadora da AIDS. O abandono do tratamento pode estimular a resistência viral, tornando necessária a introdução de outras medicações, que podem provocar efeitos colaterais. Segundo Kerbauy, é difícil explicar a condição para os pacientes e, por isso, desenvolveu um método lúdico para informar e orientar sobre o tratamento. “O objetivo é levar esperança e conhecimento para o paciente, ajudando a diminuir o medo e o estigma da infecção”, declara a professora.
Fonte: Texto e fotos: Comunicação UEL
Ilustração Capa: UOL
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