Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
A aplicação do imunizante tende a aumentar o tamanho dos linfonodos; a recomendação é que o exame seja feito pelo menos um mês após a vacinação
As mamografias realizadas desde que a vacinação contra o novo coronavírus começou têm assustado algumas mulheres com seus resultados. Isso porque, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a vacinação tem gerado erros de interpretação em função do ocasional aumento de linfonodos (gânglios) no mesmo lado do braço em que a paciente recebeu a dose do imunizante, e aumentos como esses geralmente são sinais de câncer de mama.
Por essa razão, a ginecologista e mastologista Dra. Josiane Saab Rahal (CRM/PR 17168 |RQE: 10793), orienta as mulheres para que não façam exames de mamografia logo após terem tomado a vacina. “A paciente deve esperar pelo menos um mês após a aplicação da vacina para fazer os exames, ou ainda, realiza-los antes da primeira dose. Não queremos que as mulheres deixem de fazer os exames, mas que esperem esse tempo, ou que comunique o médico sobre o recebimento da vacina”, aponta.
A médica ressalta que as alterações podem aparecer tanto no lado do braço em que foi aplicada a vacina, como no braço contralateral.
Não há razão para pânico
De acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), no mês de julho foi registrado um grande aumento de laudos de mamografias e ultrassonografias com presença de linfonodos (gânglios ou ínguas), nas axilas das pacientes, sugerindo doenças que necessitam de investigação.
“Não há razão para pânico nesses casos. Depois desse período, de aproximadamente um mês, os linfonodos voltam ao normal, nos casos em que as alterações sejam apenas causadas pela vacina. É importantíssimo deixar claro que a vacina contra a Covid-19 não provoca câncer, e que essa alteração nos gânglios é uma reação do nosso corpo ao imunizante, nada mais do que isso”, esclarece a Dra. Josiane.
O aumento dos linfonodos pode ser causado por qualquer vacina ou injeção, não sendo apenas uma reação dos imunizantes contra a Covid-19. No entanto, caso as alterações permaneçam, a orientação médica é que a paciente realize uma biópsia para saber do que se trata.
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