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Qualquer quantidade de glúten é prejudicial ao celíaco, mesmo um simples “pedacinho de pão”

Foto: Acelbra – Associação dos Celíacos de Umuarama

Intolerância à glúten: mitos e verdades

Publicado em 18/12/2020 às 13:57

Intolerância a Glúten é um assunto que ainda gera dúvidas. Esta reportagem, publicada na 3ª edição da Revista da Associação Médica de Umuarama (AMU), traz informações sobre os mitos, riscos e orientações a pessoas com intolerância à proteína. Confira. 

Desmistificando a doença celíaca

Saiba como conviver da melhor forma possível com a intolerância ao glúten

A doença celíaca é uma intolerância ao glúten, que é uma proteína presente em diversos cereais. É uma doença que pode afetar crianças e adultos com predisposição genética e provoca uma alteração no intestino delgado, impedindo a absorção dos nutrientes. Esta alteração é reversível com a retirada do glúten da dieta, porém a doença é para sempre e o paciente nunca mais pode ingerir glúten ou entrar em contato com qualquer quantidade dessa substância, por mínima que seja.

Glúten é a principal proteína do trigo, do centeio, da aveia e da cevada, além de estar também no malte (que é um subproduto da cevada). Ele pode estar presente em alimentos, medicamentos, bebidas e produtos industrializados – como mostarda, shoyu, ketchup, maionese, etc, e não podem, de forma alguma, ser consumidos por quem tem a doença celíaca.

O diagnóstico é feito com exames laboratoriais, porém é necessário confirmar por endoscopia digestiva. Estima-se que no Brasil a incidência seja de um caso para cada 130 habitantes, sendo uma doença muito frequente. O único tratamento para a doença celíaca é a retirada total do glúten da alimentação durante toda a vida, além de haver a necessidade de suplementação com vitaminas e minerais.

Se um celíaco consumir glúten poderá desenvolver patologias que se encontram associadas à falta de tratamento, como dermatite herpetiforme, doença hepática, osteomalácia (amolecimento dos ossos), doença da tiroide, artrite reumatoide, câncer do intestino, diabetes tipo 1 e doença vascular. 

Sintomas

O quadro clínico da doença se manifesta com ou sem sintomas, podendo variar de indivíduo para indivíduo. A doença se apresenta de duas formas. 

Forma clássica: é a mais frequente, e ocorre entre o primeiro e o terceiro ano de vida. Caracteriza-se por:

  • Diarreia crônica;
  • Distenção abdominal;
  • Glúteos atrofiados;
  • Déficit do crescimento;
  • Falta de apetite;
  • Pernas e braços finos;
  • Vômitos;
  • Anemia ferropriva não curável;
  • Apatia e desnutrição aguda que podem levar a morte na falta de diagnóstico e tratamento.

Forma não clássica: quando as alterações gastrointestinais não  chamam tanto a atenção. As características são:

  • Manchas simétricas e alterações do esmalte dentário;
  • Osteoporose;
  • Irritabilidade;
  • Aumento ou perda do apetite;
  • Esterilidade;
  • Constipação intestinal;
  • Fadiga; 
  • Anemia grave; 
  • Baixo ganho de peso e estatura.

Assintomática: quando os pacientes não apresentam sintomas clínicos mas tem sorologia positiva para doença Celíaca. Nestes casos são realizados exames em familiares de 1ª grau dos celíacos.

O QUE INGERIR?

Celíacos podem consumir alimentos que não contenham glúten, todas as frutas, verduras e carnes, ovos, arroz, farinha de mandioca, fécula, farinha de arroz, polvilho, farinha de milho, fubá, farinha de soja, amido de milho (desde que não modificados ou que não tenha contaminação cruzada).

Pacientes e equipe da Acelbra - Associação de Celíacos de Umuarama

Serviço – Acelbra – Associação dos Celíacos de Umuarama. Contato: (44) 98842-3259 whattshap. Clínica Sandri – Pediatria. Contato: (44) 3626-2000 e (44) 98403-2002. Av. Dr. Angelo Moreira da Fonseca nº 3051 – Umuarama – PR

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