Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 Login
Pais e responsáveis precisam entender alguns termos e estarem aptos a monitorar certas situações inadequadas
Foto: Divulgação
Crianças e adolescentes têm capacidade de autocontrole limitada e estão muito sujeitos às pressões do seu meio social. Essas peculiaridades as colocam em risco aumentado no ambiente virtual.
As mídias permitem conexão com amigos e familiares, trocas de ideias e fotos, logo trazem certos benefícios e oportunidades, incluindo a possibilidade de estudo, discussão de deveres de casa, trabalhos da escola, projetos, etc. Porém, durante buscas na Internet podem ter acesso a conteúdos inadequados à sua idade e maturidade, o que requer o envolvimento dos pais no processo, para um correto direcionamento. Além disso, não têm entendimento sobre privacidade online, o que os coloca no foco para cyberbullying, perseguição online, que são situações cada vez mais comuns e que podem causar danos psicossociais graves como depressão, ansiedade, isolamento social, automutilação e, em casos extremos, o suicídio.
Cuidados na prevenção do suicídio
Um fenômeno que ocorre com a população adolescente é o “sexting”, que é o envio ou recebimento de mensagens, fotos ou outras imagens por via virtual, com conteúdo explicitamente sexual. Muitas dessas imagens são rapidamente distribuídas pela Internet, impactando diretamente na vida das vítimas. Temos ainda, “Facebook depression”, que é a depressão que se desenvolve entre pré-adolescentes e adolescentes que passam grande parte dos seus dias em sites de mídia social e começam a exibir sintomas de depressão. Esse grupo tende a se isolar, estando em risco de encontrar sites e blogs que ofereçam “ajuda” e que na verdade podem estimular o abuso de substâncias e comportamentos autodestrutivos.
Como clínicos, devemos estar abertos ao diálogo e atualizados nesse contexto, para que possamos dar assistência tanto às crianças e adolescentes, como às suas famílias. Orientar os pais a dar mais atenção às necessidades sociais de seus filhos, encorajando-os a participar de atividades com eles, promovendo encontros com seus pares sociais. Lembrando sempre que uma das maiores ansiedades dessa idade é a de ser aceito socialmente.
Autora: Rita Gonçalves - Pediatria- Neonatologia
Mestre em Saúde da criança e do Adolescente - HUAP/UFF
Referências:
DIA NACIONAL DA DISLEXIA
O que é e quais as novas perspectivas de inclusão educacional para crianças com dislexia?