Quarta-feira, 16 de abril de 2025 Login
O avanço da gripe aviária em diversas regiões do mundo tem elevado a preocupação de autoridades sanitárias, que destacam a importância de vacinas mais modernas para conter uma possível nova pandemia. Uma das principais apostas é a vacina universal contra a influenza, desenvolvida com tecnologia de RNA mensageiro e que apresentou resultados promissores em testes com animais.
A vacina contém o sequenciamento genético de todos os subtipos conhecidos dos vírus Influenza A e B. Estudos realizados com furões e ratos mostraram que a aplicação induziu resposta imunológica contra 20 cepas diferentes do vírus, com presença de anticorpos por até quatro meses.
Vacinas específicas contra o vírus H5N1, causador da gripe aviária, já foram produzidas e estão armazenadas como medida preventiva em cerca de 20 países. No Brasil, o Instituto Butantan, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolve um imunizante nacional, que já foi testado com sucesso em animais e aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes em humanos.
O vírus H5N1 tem demonstrado alta capacidade de mutação e adaptação a diferentes espécies. Já foram registradas infecções em mais de 350 espécies de animais, incluindo mamíferos como gatos domésticos. Esse comportamento aumenta o risco de o vírus adquirir capacidade de transmissão sustentada entre humanos.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2003 e março de 2025 foram confirmados 969 casos humanos de infecção pelo H5N1, com 457 mortes, resultando em uma taxa de letalidade de mais de 50%. Apesar da redução no índice de mortalidade nos últimos anos, os surtos continuam em crescimento. Entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, foram registrados mais de 900 surtos em aves de criação e 1.000 em aves silvestres, superando os dados de toda a temporada anterior.
No Brasil, o primeiro caso de gripe aviária foi confirmado em maio de 2023. Desde então, foram identificados 166 focos da doença — 163 em aves silvestres e três em aves de criação. Diante do cenário global e da crescente disseminação do vírus, o Ministério da Agricultura e Pecuária prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária. A transmissão em humanos ocorre principalmente por contato com animais infectados, mas especialistas alertam que novas mutações podem viabilizar a propagação entre pessoas, o que reforça a urgência no desenvolvimento de vacinas eficazes.
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