Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 Login
Devido a Pandemia de Covid-19, as palestras estão sendo realizadas na sala de espera do Centro Mãe Paranaense, onde são respeitados os procedimentos de uso de máscara, higienização de mãos e utensílios e distanciamento social. O local é amplo e ventilado.
Foto: Assessoria
Durante o mês de agosto, a equipe do Centro Mãe Paranaense, em parceria com a Norospar, 12ª Regional de Saúde e Secretaria de Saúde de Umuarama, realiza uma série de palestras para gestantes de alto risco e puérperas atendidas na unidade. A ação é em alusão ao Mês de Incentivo a Amamentação, uma campanha mundial, que este ano tem o tema: ‘Aleitamento Materno: por um planeta mais saudável’.
“A industrialização, que ganhou força em meados dos anos 50 do século XX, mudou drasticamente o modo de vida das mulheres, que tiveram que sair de casa para trabalhar. O desenvolvimento industrial também trouxe o advento do leite em pó, que teve grande influência na modificação de hábitos alimentares e no papel da mulher na sociedade”, explica a enfermeira assistencial, Angela Cristiane Tomazela.
Além dos prejuízos para saúde da mãe e do bebê, a ausência de amamentação causa prejuízos ao meio ambiente e a economia do planeta. “O uso do leite industrializado leva ao descarte de toneladas de embalagens de metal e plástico todos os dias, causando danos incalculáveis ao meio ambiente. Outro benefício é que o leite materno é de graça, ou seja, não compromete a renda familiar. Amamentar é um ato de amor próprio, de amor ao filho e também ao mundo em que vivemos”, ressalta Angela.
De acordo com pesquisas divulgadas pelas profissionais do Centro Mãe, o ato de não amamentar provoca perdas econômicas de aproximadamente 302 bilhões de dólares anuais ou 0,49% do PIB somado de todos os países do mundo. O Quociente de Inteligência (Q.I.) entre os que foram amamentados é superior aos dos que não foram, bem como a renda percapta.
“O objetivo de abordar esses temas é refletir sobre a amplitude do ato de amamentar”, destacou a enfermeira obstetra Sônia Gazin.
“Nos seis primeiros meses de vida, o leite materno deve ser o alimento exclusivo do bebê. Após esse período, devem ser introduzidos outros alimentos. Contudo, a amamentação não deve ser interrompida, pois não há um período determinado. A mãe deve amamentar por pelo menos um ano e, após isso, até quando tiver disponibilidade e a criança aceitar”, explica.
Também são temas abordados durante as palestras: cuidados com a mama e higiene na hora de amamentar; dicas para evitar o engasgo de recém nascidos; posições para amamentação; doação de leite materno, entre outros.
O incentivo a amamentação é um trabalho contínuo da Norospar e seus parceiros. “Procuramos estabelecer um diálogo com as pacientes, esclarecer dúvidas e apoiar de forma integral a amamentação”, disse Sônia.
VOCÊ SABIA?
Estudo realizados na Inglaterra concluíram que crianças amamentadas apresentam uma média maior de QI de 3,34 pontos em comparação com as não amamentadas ou amamentadas por menos tempo. Outro estudo, realizado aqui no Brasil, na Universidade de Pelotas, mostrou que a renda per capta pode ser 33% maior entre os trabalhadores que foram amamentados na infância.
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