Domingo, 24 de novembro de 2024 Login
A gestante Camila Albertini Silva, 32 anos, auxiliar de escritório, foi positivada para covid-19 quando estava com 28 semanas de gestação. Uma semana depois vieram os sintomas, a saturação começou a cair.
A família procurou atendimento nos hospitais de referência para covid em Umuarama, mas não conseguiu, pelo fato de estarem lotados, sendo encaminhada para o Hospital Norospar, onde ficou sob cuidados intensivos da equipe da maternidade, por nove dias.
Camila teve um quadro bastante grave da doença, sendo necessário ficar por vários dias em oxigenação. E corria o risco de perder o bebê. No Norospar, Camila recebeu atenção especial. Foi montada uma estrutura dentro da maternidade, criado um isolamento para a gestante, para que ela tivesse os cuidados obstétricos em paralelo aos cuidados com o coronavírus, com toda segurança também para as outras gestantes.
Depois de dias difíceis, veio a boa evolução e os momentos mais críticos ficaram para trás. A família ficou muito agradecida pela forma como todos foram tratados e como Camila foi recebida no Norospar.
Ela teve alta, voltou para casa e a gestação da tão esperada Catarina, agora com 32 semanas, continua evoluindo bem. Na tarde desta quarta-feira (9), aproveitando o retorno previsto à maternidade, Camila fez questão de prestar uma homenagem e registrar sua gratidão aos profissionais do hospital. “Estou muito emocionada e agradecida a toda a equipe, que me prestou uma assistência primorosa", declarou Camila.
Momentos de aflição
No estado de Camila, com o comprometimento dos pulmões e a impossibilidade de realização da tomografia, foi cogitada a intubação da gestante e a interrupção da gravidez. O marido, Carlos Henrique da Silva, 33 anos, professor, conta a aflição que viveram. “Foram 20 dias de luta, nove deles com minha esposa internada. Lembro como se fosse hoje, quando fui chamado ao hospital em uma quarta-feira, às 13:30 para ouvir que os exames da Camila estavam piorando e que teriam que interromper a gestação. Isso mesmo, tirar minha filha” recorda Carlos, com tristeza.
A força da fé e da gratidão
O casal, embora em desespero, não perdeu a esperança. “Minha esposa, uma mulher de fé, me mandou uma mensagem, que eu pedisse oração por ela nos grupos da Igreja e amigos, e assim eu fiz. E em três horas de corrente de oração a Camila começou a reagir”, conta, emocionado.
Ainda sem palavras, Carlos agradece. “O que falar depois de tanta graça recebida? As palavras faltam, mas não falta gratidão”, ressalta. “Tenho enorme gratidão à equipe da Norospar que não mediu esforços para salvar a vida da minha esposa Camila e de minha filha Catarina. Sou grato, em especial à Dra. Ana Carolina Augusto, e citando o nome dela estendo a toda equipe médica do Norospar”, aponta.
Um dia de cada vez
A história de Camila e Carlos é repleta de aprendizado. “Aprendi a *viver um dia após o outro*, e vencemos. Hoje, pela honra e glória de Deus, ela recebeu alta. Foi muita emoção reencontrar minha esposa com nossa filha em seu ventre. Nossa eterna gratidão a todos: família, amigos, padres, que a todo tempo demonstraram uma forma de carinho por nós e, acima de tudo, gratidão a Deus, que nunca nos desampara! Vencemos a covid-19”, finaliza, sem conter a alegria.
Movimento Saúde
Foto: Assessoria