Domingo, 24 de novembro de 2024 Login
Das 2.040 doses disponibilizadas no domingo (24) para a 12ª Regional de Saúde, 1.050 são para Umuarama
Foto: Movimento Saúde
Com uma das logísticas de distribuição mais avançadas do país, o Paraná conseguiu abastecer todas as 22 regionais com as doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com o Laboratório AstraZeneca, contra a covid-19 em cerca de apenas 12 horas. A remessa que chegou no sábado (23) de avião à Curitiba, por volta das 23 horas, já estava nas regionais de todo o Estado ao meio dia de domingo (24).
Desse lote, foram disponibilizadas para a 12ª Regional de Saúde foram 2.040 doses, sendo que 1.050 são para Umuarama e as demais, divididas entre os outros 20 municípios da Regional, de acordo com a população de grupos prioritários: profissionais de saúde, idosos e deficientes em instituições de longa permanência e indígenas.
Nesta segunda-feira (25), o Paraná recebe mais 39,6 mil doses da vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, a partir das 13h30. O novo lote também será prontamente distribuído para as regionais de saúde. Desse lote ainda não foi informado o quantitativo de cada Regional. O planejamento da Secretaria de Saúde do Paraná é que a vacinação seja gradual, constante e simultânea nos 399 municípios do Estado.
Tempo recorde
As 86.500 doses foram distribuídas em tempo recorde, menos de oito horas, de forma que os 399 municípios do Paraná puderam começar a aplicar os imunizantes contra a Covid-19 desde as primeiras horas desta segunda-feira (25), em todas as 1.850 salas de vacinação espalhadas pelo Estado.
Desde que os imunizantes desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), por volta das 23h15 de sábado (23), foram cerca de 15 horas até a chegada à última divisão da Sesa-PR, em Ivaiporã, no Vale do Ivaí.
O processo de distribuição do primeiro lote, formado pelo imunizante CoronaVac do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, levou cerca de 27 horas para chegar às regionais.
Terceiro lote terá ainda mais agilidade
O secretário Estadual de Saúde, Beto Preto, disse que o processo de vacinação ganhará ainda mais agilidade nos próximos dias. Está programado pelo Ministério da Saúde a divisão de outras 900 mil doses de CoronaVac entre todos os estados do País e o Distrito Federal ainda nesta semana. A estimativa é de que aproximadamente 40 mil doses sejam encaminhadas para o Paraná. “Outras 3,9 milhões de doses imunizantes, também desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac, devem chegar até o fim do mês”, afirmou. “Queremos que o fluxo seja contínuo, sem interrupções”.
O lote integra as 4,8 milhões de doses emergenciais autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na sexta-feira (22). No total, confirmado os números da terceira remessa, o Paraná vai contabilizar cerca de 600 mil doses. “Dá para garantir a vacinação dos mais de 272 mil profissionais da saúde que temos no Paraná”, destacou Beto Preto, admitindo que o número ainda é pequeno. “A vacina é a esperança. Ainda não são na quantidade que nós esperamos, mas temos certeza que o Ministério da Saúde irá regularizar para que não exista gargalos nesta distribuição”, destacou o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto Beto Preto.
Estão previstas a chegada de novas remessas ao Paraná no intervalo de 120 dias. Ou seja, considerando a taxa de 5% de descarte, mais de 80 mil paranaenses receberão a primeira dose agora. O secretário reforçou às regionais o pedido para tratar os profissionais da linha de frente com prioridade absoluta. “Gente que está há mais de dez meses cuidando dos outros, se dedicando ao máximo para contornar os efeitos desta doença tão devastadora”, disse.
Diferenças entre as vacinas
A diferença entre as vacinas CoronaVac e AstraZeneca, explicou Beto Preto, se dá em relação ao prazo de aplicação entre uma dose e outra, já que ambas preveem duas imunizações.
Enquanto a CoronaVac necessita de três semanas, a vacina de Oxford pede espaço de quatro meses. Assim, o primeiro lote, formado pelo imunizante da Sinovac, foi dividido em duas partes iguais, garantindo as duas doses para quem for receber.
A vacina da AstraZeneca é envasada em frascos multidoses, por isso o volume da carga é muito menor que a da vacina chinesa. Cada frasco contém 10 doses.
O armazenamento de todos os imunizantes está sendo feito no Cemepar, que conta com ampla estrutura de freezers e câmaras frias, além de questões de segurança.
O Paraná tem 1.850 salas de vacinação nos 399 municípios. A quantidade de locais varia em cada cidade de acordo com o tamanho da população. Os municípios são responsáveis pela gestão dos profissionais para aplicação das doses da vacina.
Em Umuarama, até a sexta-feira (22) segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde, Maristela de Azevedo Ribeiro, foram aplicadas 561 doses e outras 222 estavam em andamento.
Quantidade por regional
As doses da vacina da AstraZeneca para cada Regional de Saúde:
1ª RS – Paranaguá – 1.730
2ª RS – Metropolitana – 28.530
3ª RS – Ponta Grossa – 4.090
4ª RS – Irati – 920
5ª RS – Guarapuava – 2.610
6ª RS – União da Vitória – 990
7ª RS – Pato Branco – 1.690
8ª RS – Francisco Beltrão – 2.570
9ª RS – Foz do Iguaçu – 3.410
10ª RS – Cascavel – 6.000
11ª RS – Campo Mourão – 2.370
12ª RS – Umuarama – 2.040
13ª RS – Cianorte – 1.050
14ª RS – Paranavaí – 2.130
15ª RS – Maringá – 6.670
16ª RS – Apucarana – 2.600
17ª RS – Londrina – 8.920
18ª RS – Cornélio Procópio – 1.590
19ª RS – Jacarezinho – 2.150
20ª RS – Toledo – 2.640
21ª RS – Telêmaco Borba – 880
22ª RS – Ivaiporã – 920
TOTAL – 86.500
Grupos prioritários
Segundo o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19, que segue a mesma linha do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, na primeira etapa da vacinação serão imunizados profissionais da saúde que aplicarão as vacinas, pessoas com mais de 60 anos que residem em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e os profissionais que atuam nos locais, população indígena, pessoas com deficiência severa e trabalhadores que atuam em unidades de saúde que atendem pacientes com suspeita ou confirmação da infecção pelo novo coronavírus.
A definição de grupos prioritários seguiu critérios do Ministério da Saúde, como tempo de contato (ou exposição) com os pacientes infectados pela Covid-19 e pessoas com maior risco de complicações pela infecção causada pelo Sars-CoV-2.
Na sequência, o Estado planeja vacinar pessoas com 80 anos ou acima desta idade, pessoas entre 75 e 79 anos e assim sucessivamente, até aqueles que têm idade variando entre 60 e 64 anos. Com a quantidade de doses disponibilizadas, seguindo a ordenação por grupos prioritários, a previsão é vacinar o total de 4.019.115 pessoas até maio de 2021. A vacinação ocorrerá de acordo com o recebimento dos imunizantes, de forma gradual e escalonada.
Atualização do Plano
O Ministério da Saúde atualizou o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Com data de 20 de janeiro, o novo documento traz o número previsto de pessoas nos grupos prioritários: 77,2 milhões.
Nesta atual versão do plano, o ministério detalha apenas a primeira etapa de vacinação. No documento anterior, a fase 2 era dedicada aos idosos com mais de 60 anos - mesmo os que não estão em instituições de longa permanência. Na fase 3, o plano anterior citava as pessoas comorbidades, como diabetes, obesidade e doenças cardíacas.
Agora, esses e outros grupos continuam contemplados em uma futura etapa da vacinação, mas o escalonamento "para vacinação se dará conforme a disponibilidade das doses de vacina, após liberação pela Anvisa"
Nessa atualização, o plano adicionou os trabalhadores industriais e trabalhadores portuários. Também detalhou o que chamava apenas de “trabalhadores do transporte coletivo” e “transportadores rodoviários de carga”
O Ministério da Saúde explicou que os grupos prioritários foram baseados em princípios similares estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a pasta, o objetivo principal da vacinação é reduzir os números de mortes e casos de Covid-19, bem como "a manutenção do funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e a manutenção do funcionamento dos serviços essenciais".
"Optou-se pela priorização de: preservação do funcionamento dos serviços de saúde, proteção dos indivíduos com maior risco de desenvolvimento de formas graves e óbitos, seguido da proteção dos indivíduos com maior risco de infecção e a preservação do funcionamento dos serviços essenciais", diz o documento.
Todos os grupos
Na primeira etapa de vacinação:
Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas
Pessoas com deficiência institucionalizadas
Povos indígenas vivendo em terras indígenas
Trabalhadores de saúde
Demais grupos prioritários, citados pelo governo agora sem divisão por etapa de vacinação:
Pessoas de 60 anos ou mais
Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas
Povos e comunidades tradicionais quilombolas
Pessoas com comorbidades
Pessoas com deficiência permanente grave
Pessoas em situação de rua
População privada de liberdade
Funcionário do sistema de privação de liberdade
Trabalhadores de educação
Forças de segurança, salvamento e Forças Armadas
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros
Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário
Trabalhadores de transporte aéreo
Trabalhadores de transporte de aquaviário
Caminhoneiros
Trabalhadores portuários
Trabalhadores industriais
Com informações da AEN, PMU e G1