Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 Login
O presidente da Associação Médica de Umuarama, Dr. Fábio de Carvalho pede a compreensão dos profissionais de saúde
A chegada da vacina contra a doença do Novo Coronavírus – Covid-19 enche de esperança cada pessoa que anseia por dias melhores. O recurso ainda é escasso e as autoridades de saúde pedem compreensão e paciência no processo de vacinação, que segue um complexo escalonamento, detalhado no Plano Nacional de Imunização contra Covid-19*, que envolve logística, distribuição e aplicação em um país de proporções continentais, com mais de 212 milhões de habitantes, como o nosso Brasil.
No Paraná, onde vacinação começou na última segunda-feira (18), somente para os trabalhadores da linha de frente do Covid-19, idosos asilados e indígenas. O compromisso do Governo do Estado é que haverá vacina para todos os que precisam, seguindo o Plano de Imunização.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, até maio, a previsão é que 4.019.115 pessoas sejam vacinadas, incluindo todos os profissionais de saúde. A meta da SESA é vacinar todos os paranaenses acima de 18 anos ainda neste ano.
Para o presidente da Associação Médica de Umuarama – AMU, Dr. Fábio Carvalho as perspectivas são otimistas, mas é necessário ter paciência e continuar com as medidas preventivas.
“Até mesmo entre médicos e profissionais de saúde, tem que haver essa compreensão. A produção e logística das vacinas é de ordem mundial e é impossível que chegue a todos ao mesmo tempo. Temos que ter paciência e continuar tomando todos os cuidados, usando máscara, mantendo o distanciamento e a higiene das mãos, até que uma grande parte da população esteja imunizada”, recomendou o médico.
A prioridade na vacinação são os profissionais de saúde que tratam dos doentes de Covid-19. A imunização desse grupo é considerada fundamental para a continuidade do enfrentamento da doença, que avançou nos últimos meses em proporções alarmantes.
Seguindo o Plano Nacional de Imunização, os profissionais que primeiro estão sendo vacinados são: os vacinadores, das salas de vacina, trabalhadores das instituições de longa permanência (asilos), e de hospitais diretamente ligadas aos serviços de referência para Covid-19 (SAMU, SIATE, UPA’s, clínicas de diálise e serviços oncológicos). Também estão incluídos no primeiro grupo, idosos e deficientes internados em instituições de longa permanência e as populações indígenas, que são considerados os mais vulneráveis.
COMPREENSÃO
Conforme esclarece a chefe da 12ª Regional de Saúde, enfermeira Viviane Herrera, em nota enviada aos serviços de saúde da região, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná - SESA segue o mesmo escalonamento determinado pelo Plano Nacional de grupos prioritários. Ela pede a compreensão dos demais profissionais de saúde.
“O município de Umuarama e região da 12ª está seguindo estritamente as orientações do estado, pois neste momento não temos vacinas para todos! A vacina está se tornando uma realidade, mas estamos vacinando as pessoas de acordo com as doses que estamos recebendo do Governo Federal. Assim, a 12ª Regional de Saúde pede apoio nesse processo, para que outros profissionais sejam entendedores, se sensibilizem e aguardem o seu momento”, pede.
O secretário da Saúde, Beto Preto, reforça a importância do controle social. “Todos estamos ansiosos pela vacina. Por isso, é preciso respeitar o planejamento e os grupos prioritários, para que possamos alcançar a imunização consistente de nosso Estado. O nosso plano visa a proteger a população paranaense e reduzir as perdas provocadas por essa doença”, disse o secretário.
O PLANO NACIONAL DE VACINAÇÃO PREVÊ QUATRO FASES:
1ª Fase
Trabalhadores de saúde – tendo prioridade os que atuam na linha de frente no tratamento da doença do Covid-19.
Pessoas de 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência.
Indivíduos com deficiência que vivem em instituições de longa permanência.
População indígena aldeada .
2ª Fase
Pessoas de 60 a 74 anos.
3ª Fase
Pessoas com comorbidades crônicas.
Transplantados.
Obesos.
4ª Fase
Professores,
Profissionais das forças de segurança e salvamento,
Funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade.
Trabalhadores da educação.
Membros das forças armadas.
Membros das forças de salvamento.
Funcionários do sistema carcerário.
População em privação de liberdade.
ROSI RODRIGUES
Jornalista
Associação Médica de Umuarama – AMU
*Com informações da Agência Estadual de Notícias e Blog da Saúde.