Terça-feira, 26 de novembro de 2024 Login
A sexualidade tem começado cada vez mais cedo. Não é incomum encontrar adolescentes na faixa dos 12 – 13 anos de idade com vida sexual ativa. “Essa precocidade tem contribuído para o aumento das doenças sexualmente transmissíveis, bem como para outros fatores indesejáveis, como a gravidez na adolescência, evasão escolar, prostituição infantil, pedofilia, banalização das relações interpessoais e objetificação do corpo”, disse o médico Dr. Elgner Moraes Pereira, durante palestra para profissionais de saúde e colaboradores do Instituto Nossa Senhora Aparecida.
O evento, realizado nesta segunda-feira (2), foi planejado em alusão ao Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado no dia 1º de dezembro. “Não tem como falar de Aids sem antes abordar os inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais e clínicos a ela relacionados”, disse o médico na abertura de sua palestra.
O médico aponta como possível causa do aumento da sexualidade na adolescência, a influência da mídia, como filmes, músicas e vídeos livremente disponibilizados na internet. Segundo ele, 68,4% das crianças que nascem no Brasil são filhos de mulheres com idade entre 15 e 19 anos. “Nosso país está muito acima da média mundial, que é de 46 filhos de adolescentes para cada mil nascimentos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde”, explicou o Dr. Elgner.
O médico descreveu o funcionamento do aparelho reprodutor feminino e o masculino, os principais métodos contraceptivos e as doenças sexualmente transmissíveis mais comuns. “O vírus da AIDS/HIV ataca o sistema imunológico e destrói as defesas do organismo contra infecções e doenças”, disse.
Muitas vezes a Aids pode não apresentar sintomas. Em alguns casos, o paciente pode ter febre de origem desconhecida, erupção cutânea, tosse, grande perda de peso, entre outros sintomas.
A pessoa pode se contaminar: através do sexo desprotegido com parceiro infectado (oral, vaginal e anal); transfusão de sangue contaminado e não testado; usuários de drogas injetáveis (compartilhamento de seringas); na gravidez (quando a mãe não faz o pré-natal, durante o parto e aleitamento; também pode haver contaminação através de acidente com material perfurante contaminado.
O médico fez um alerta aos profissionais de saúde quanto ao último item. “Caso aconteça um acidente durante o trabalho, o profissional deve comunicar imediatamente o serviço de enfermagem e seguir todos os protocolos de segurança”, disse.
Durante as relações sexuais, “a camisinha feminina e a camisinha masculina são as únicas formas de se proteger das DSTs inclusive do HIV/AIDS. Use, mesmo que você esteja em uma relação estável”, recomendou o profissional.
Quando procurar um serviço de saúde?
O Dr. Elgner recomenda que toda pessoa em idade reprodutiva ou que já iniciou a vida sexual consulte um médico pelo menos uma vez por ano e faça exames preventivos, mesmo que não tenha nenhum sintoma. “É imprescindível que toda mulher que já teve ou está em uma relação sexual faça o exame de prevenção de câncer de colo de útero (Papanicolau) regularmente. Mesmo sem sentir nada diferente ou desconforto”, aconselha.
Vá ao médico imediatamente se perceber: corrimento uretral; corrimento vaginal; verrugas nos genitais; úlceras (feridas, bolhas) genitais; irritação (queimação); tumorações (caroços, ínguas).
DR. ELGNER MORAES PEREIRA
Médico Intensivista (CRM 30091) do Instituto Nossa Senhora Aparecida,
Médico da Mulher e Ultrassonagrafista.
Atende na Clínica da Mulher, na avenida Manaus, 3882, em Umuarama-PR. Fone (44) 3624-1995.
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ROSI RODRIGUES
Jornalista – DRT 10036-PR