Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
Os rituais se desenvolvem nas áreas de higiene, checagem ou conferência, contagem e organização e podem variar ao longo da evolução da doença
Foto: Divulgação
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é um transtorno mental. Sua principal característica é a presença de crises recorrentes de pensamentos obsessivos, intrusivos e em alguns casos comportamentos compulsivos e repetitivos.
Pensamentos obsessivos são ideias e imagens que invadem a pessoa insistentemente. Como um disco de vinil arranhado, que se põe a repetir sempre o mesmo ponto de uma faixa, os pensamentos ficam ecoando dentro da cabeça e o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas, que ajudam a aliviar a ansiedade.
Em geral, os rituais se desenvolvem nas áreas de higiene, checagem ou conferência, contagem e organização e podem variar ao longo da evolução da doença.
Algumas pessoas com T.O.C. acreditam que se deixarem de cumprir o ritual, algo terrível poderá acontecer. A ocorrência dos pensamentos obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se num obstáculo não só para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira. Além disso, esse comportamento tende a se amplificar à medida que a doença não é tratada ou quando ocorre algum evento estressante ou traumático.
A maioria das pessoas com esse trastorno sabem que seus pensamentos obsessivos não tem um motivo concreto e que seus comportamentos compulsivos são excessivos. Por esse motivo, elas tentam realizar seus rituais escondidos, mesmo quando esses rituais consomem muitas horas por dia. Como resultado, seus relacionamentos podem se deteriorar, apresentando piora na escola ou no trabalho. Porém, algumas pessoas estão convencidas que suas obsessões são bem fundamentadas e que suas compulsões são razoáveis.
Os principais fatores capazes de aumentar as chances de uma pessoa desenvolver o T.O.C incluem:
O tratamento pode ser medicamentoso e não medicamentoso:
Em muitos casos os resultados costumam ser mais eficientes quando se utiliza ambas as abordagens terapêuticas.
Fonte: workandcare
Autor: Tiago Malta - Psicólogo