Domingo, 24 de novembro de 2024 Login
O uso do coletor menstrual tem se tornado cada vez mais disseminado pelas mulheres, especialmente para as que sofrem alergia aos absorventes comuns ou para as que estão em busca de opções econômicas e ecologicamente corretas.
“A disseminação do uso do coletor é por vários motivos. Primeiramente, o material do copo menstrual não causa alergia e muitas mulheres possuem reação ao absorvente, tanto normal, quanto interno. Fora isso, há a questão do meio ambiente. O coletor é reutilizável. O número de lixo produzido com o uso dos absorventes que, por sua vez, são descartáveis, é alarmante. Por fim, o produto pode durar até cinco anos. Sendo assim, seu custo benefício é menor que os tradicionais”, analisa a ginecologista Clícia Quadros.
Ao contrário dos absorventes comuns, o copo coletor pode ser trocado a cada 8 ou 12 horas, dependendo do fluxo da mulher.
Além da comodidade em termos de durabilidade, ele, ao contrário do que muitos pensam, ajuda a diminuir o risco de infecção, pois não altera a flora vaginal, como absorventes fazem. No entanto, é preciso aconselhamento médico antes de aderir ao uso.
“É aconselhável realizar um exame para obter informações sobre o volume uterino e sobre a existência de miomas ou pólipos uterinos, que podem aumentar demasiadamente o fluxo menstrual e limitar o uso do coletor”, alerta Mayara Karla Figueiredo Facundo, médica colposcopista e histeroscopista do Fleury Medicina e Saúde.
Todas as mulheres a partir da primeira relação, no entanto, devem realizar exames papanicolau, ultrassonografias intrauterina e sorologia completa. “É importante que a mulher crie uma rotina ginecológica com seu médico, que vai definir quais os melhores exames para cada caso. Para mulheres acima de 21 anos, os exames são o preventivo para câncer de colo de útero e o Papanicolau, que precisam ser realizados anualmente”, ensina Barbara Murayama, ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho.
O descarte correto deve ser feito no vaso sanitário, juntamente com água e sabão ou desinfetante. “Após lavar as mãos, sempre que for retirar o coletor da vagina deve-se apertar a base do coletor para desfazer o vácuo que se forma pela permanência dele no local, e depois removê-lo lentamente e desprezar todo o conteúdo no vaso sanitário. Lavá-lo, lavar as mãos e, depois, reinseri-lo”, ensina Karla.
É importante lembrar também que existem riscos de higienização incorreta do copo coletor, assim como para o uso de absorvente por tempo maior que o indicado. “São infecções genitais, como corrimentos e o choque tóxico, ou seja, uma infecção generalizada que pode acontecer também se a mulher passar do prazo de troca de absorventes convencionais internos e externos”, alerta Murayama.
Confira abaixo a dica dos especialistas para higienizar o coleto e evitar o risco de infecções.
Fonte: ativosaude.com