Sexta-feira, 13 de junho de 2025 Login
Neste Dia dos Namorados, entre flores, presentes e declarações, convidamos você a olhar além do romantismo das vitrines e refletir: como está o seu relacionamento? Ele faz bem à sua saúde ou está, silenciosamente, adoecendo você?
Sim, o amor tem poder terapêutico. Estudos científicos já comprovaram que pessoas em relacionamentos saudáveis tendem a viver mais, apresentam menor risco de depressão e ansiedade, têm melhor imunidade e até se recuperam mais rapidamente de doenças. Segundo uma pesquisa publicada no Psychosomatic Medicine Journal, casais emocionalmente conectados demonstram níveis mais baixos de cortisol — o hormônio do estresse — e apresentam melhor qualidade do sono.
Relacionamentos afetivos positivos nos acolhem, nos escutam, nos impulsionam. Eles não são perfeitos, mas são recíprocos. Há espaço para o afeto e para o crescimento individual. Nesse contexto, o amor se torna um aliado da saúde mental, emocional e até física.
No entanto, nem todo relacionamento é fonte de equilíbrio. E é justamente neste ponto que precisamos ser éticos, sensíveis e realistas.
Relacionamentos abusivos — sejam eles conjugais, familiares ou de amizade — minam nossa autoestima, distorcem a percepção da realidade e podem levar ao adoecimento psíquico grave.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o abuso emocional como uma forma de violência que impacta diretamente a saúde mental e física da vítima. Ansiedade, depressão, distúrbios do sono, hipertensão, dores crônicas e até doenças autoimunes são algumas das possíveis consequências.
É fundamental lembrar que um relacionamento saudável não se mede apenas por beijos em fotos ou declarações públicas. Ele se constrói na intimidade do respeito, no cotidiano do cuidado mútuo, na segurança emocional que permite ser quem se é, sem medo.
Neste Dia dos Namorados, olhe para o seu relacionamento com a mesma atenção que dedica à sua saúde.
Essas perguntas não são simples, mas são necessárias. E suas respostas podem ser libertadoras.
Amar, sim. Mas com consciência, com responsabilidade afetiva, com reciprocidade. O amor verdadeiro não adoece, não sufoca, não manipula. Ele nos humaniza. Ele nos fortalece. Ele nos cura.
E, se você está só neste Dia dos Namorados, saiba: estar só é melhor do que estar mal acompanhado. Relacionar-se bem consigo mesmo também é um gesto de amor — e dos mais poderosos.
Que hoje você celebre o amor. Mas, acima de tudo, celebre a sua saúde emocional. E, se precisar, não hesite em buscar apoio psicológico. Cuidar de si também é um ato de amor.
Feliz Dia dos Namorados — com saúde, verdade e amor que faz bem.
Por Rosi Rodrigues | Editora do Movimento Saúde