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O cuidado com a exposição solar sem proteção é a mais importante para prevenir a doença

Foto: Divulgação

Dezembro Laranja: mês de prevenção ao câncer de pele

Publicado em 06/12/2018 às 13:38

O câncer da pele é o mais comum e incidente na população. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), até o fim de 2018 cerca de 6.260 novos casos serão diagnosticados do tipo melanoma e 165.580 do tipo não melanoma. O crescimento anormal e descontrolado de células que compõem a pele são os resultados de um câncer de pele.

O movimento Dezembro Laranja foi criado em 2014 pela SDB (Sociedade Brasileira de Dermatologia), e traz uma série de iniciativas para a conscientização e prevenção da doença, além de incentivar os cuidados básicos com a pele, principalmente no verão. Por ser um país tropical, o Brasil é atingido por raios ultravioletas com uma maior intensidade, o que agride a pele de uma forma mais brusca, podendo causar o câncer de pele.

A doença, muitas vezes, não possui sintomas ou sinais específicos, o que leva a ser detectado de uma forma avançada, causando uma dificuldade na afirmativa do câncer. Cerca de 70% dos casos diagnosticados como câncer são feitos por médicos não-cancerologistas. A doença pode ser dividida em dois grupos.

NÃO MELANOMA

É o tipo mais frequente e corresponde a 30% dos tumores registrados no país. Tem um percentual alto de cura, se for detectado de forma precoce. O tipo não melanoma é o de maior incidência e com baixa estatística de mortalidade.

  • Carcinoma basocelular (CBC): Esse tipo é o mais comum e o menos agressivo, cerca de 70% dos diagnósticos são reconhecidos o CBC. É um tumor de células basais, que começam a se multiplicar de forma descontrolada, originando o tumor. O CBD cresce de maneira mais frequente nas partes do corpo que tem mais exposição ao sol, sendo encontrados principalmente no rosto e pescoço.
  • Carcinoma espinocelular: É o segundo mais comum de câncer de pele, responsável por 20% dos diagnósticos. Os locais mais atingidos são: couro cabeludo e orelha. Atingindo pacientes com mais de 60 anos. O tumor se forma a partir das células epiteliais e as camadas da pele e mucosa, ocorrendo com mais frequência na população masculina. A evolução deste tumor é mais agressiva e pode atingir outros órgãos caso não seja tratado e retirado de forma eficaz.

 

MELANOMA

O tumor melanoma é maligno, tem origem das células que produzem o pigmento da pele e pode se desenvolver nos olhos, orelhas, trato gastrointestinal, membranas mucosas e genitais. O tumor tem a capacidade de atingir qualquer órgão do corpo humano, inclusive cérebro e coração. É considerado o câncer mais letal.

  • Melanoma extensivo superficial: Geralmente aparece de maneira irregular, ocorre em tons de preto e marrom. Pode se manifestar em qualquer região do corpo, mais comum em pessoas de pele branca.
  • Melanoma nodular: É reconhecido por se manifestar como uma área elevada, de cor preta azulada ou vermelha azulada. Porém, alguns não apresentam coloração.
  • Melanoma lentigo: Mais encontrado em idosos e em peles com mais exposição solar, em regiões como pescoço, braços e rosto. Tem um aspecto bronzeado com áreas de cor marrom.
  • Melanoma lentiginoso acral: É o mais raro entre os tumores, geralmente são identificados embaixo das unhas, palmas ou solas, mais comum em afroamericanos.

OUTROS

Além destes tipos de tumores, são encontrados os de mais raridade e que atingem outras células do corpo, como por exemplo:

  • Tumor de células de Merkel
  • Sarcoma de Kaposi
  • Linfoma de cutâneo de células T
  • Carcinoma sebáceo
  • Carcinoma anexial microcístico

FATORES DE RISCO

O câncer de pele tem a exposição solar como o principal fator de risco para desenvolver a doença. Estar exposto ao sol, por um longo período, sem qualquer tipo de proteção, aumenta o risco para o tumor. O sol agride a pele causando alterações celulares.

Além do sol, o histórico pessoa também é fator de risco para desenvolver a doença novamente. Quem já teve câncer ou alguma lesão de pele tem o risco aumentado para que a doença se manifeste de forma recidiva.

A baixa imunidade também tem um risco alto de manifestar o tumor, isso inclui pacientes que já tratam de linfoma ou leucemia, que foram submetidos a transplante de órgãos e aqueles que tomam medicamentos para o sistema imunológico.

PREVENÇÃO

O cuidado com a exposição solar sem proteção é a mais importante para prevenir o câncer de pele. Existem alguns cuidados que devem ser levados a sério, como o uso correto do filtro solar diariamente, evitar períodos de maior insolação, entre 10 horas e 16 horas, o uso de chapéus, camisas de manga longa também ajudam na proteção.

TRATAMENTO

O que é mais indicado para o tumor de câncer de pele é a cirurgia, porém, para pessoas acamadas, idosos ou que tenham algum tipo de dificuldade de locomoção o tratamento cirúrgico não é indicado. Além da operação, o médico pode indicar o tratamento com radioterapia para que o tumor seja retirado por completo.

Fonte: Hospital Uopeccan

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