Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
O diabetes mellitus é um grave problema de saúde pública, devido a sua alta prevalência e elevada taxa de mortalidade. Atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, já são mais de 13,4 milhões de brasileiros com a doença.
Se não tratado, o diabetes pode causar insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, doenças cardiovasculares, como AVC (derrame), e infarto. Por ano, são realizadas mais de 60 mil amputações devido ao diabetes, segundo o Ministério da Saúde. Metade poderia ser prevenida depois de uma avaliação dos pés.
Doença crônica metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, o diabetes mellitus acontece porque o pâncreas deixa de produzir insulina suficiente para promover a redução da glicemia e permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar as células, para ser utilizado como fonte de energia.
Alimentação desequilibrada, rica em gorduras, carboidratos, açúcares e produtos industrializados e pobre em frutas, legumes e verduras, o sedentarismo e consequentemente, a obesidade são fatores que aumentam muito a chance do desenvolvimento da doença.
“O caráter silencioso do diabetes mellitus coloca-o na lista das doenças com grande morbidade. A hiperglicemia mal controlada acomete micro e macroestruturas que gradativamente podem tornar-se complicações graves”, destaca a enfermeira estomaterapeuta e especialista em podiatria clínica, Veniangeli A.B.S. Bernardi (COREN-PR 22986).
Segundo ela, o pé diabético é uma das principais complicações do diabetes. “Manifesta-se por lesões ulcerativas nos pés causadas pela neuropatia periférica dos membros e agravadas por alterações circulatórias. Pode levar a amputação e até à morte”, ressalta.
O pé diabético é uma das principais complicações do Diabetes Mellitus
O Ministério da Saúde gasta anualmente cerca de R$ 18,2 milhões com amputações de membros inferiores. Cerca de 70% desses (pelo menos 60 mil casos), por complicações dos pés em pessoas com diabetes mellitus.
“Vale destacar que a pessoa com diabetes apresenta risco de amputação 15 vezes maior do que a população sem a doença”, complementa a enfermeira.
Segundo a OMS, até 2025 mais de 250 milhões de pessoas serão acometidas por esta doença, sendo que, pelo menos, 25% apresentarão algum acometimento nos pés.
Uma avaliação com o enfermeiro estomoterapeuta pode prevenir a amputação do pé
Prevenção
De acordo com a especialista, para prevenir o pé diabético a principal medida é manter os níveis da glicemia controlados, realizar avaliação médica periódica e fazer o exame visual diário dos pés. “Ao menor sinal de alteração, o diabético deve procurar ajuda especializada imediatamente”, ressalta.
“Metade das amputações podem ser prevenidas com a detecção precoce e o tratamento oportuno das manifestações clínicas”, orienta a enfermeira Veniangeli.
Algumas medidas preventivas incluem:
-Caracterizar o grau de risco para lesões.
- Avaliar sistematicamente os pés, observando alterações de sensibilidade, reflexos, alterações da forma e função.
- Avaliar sistematicamente os dedos, unhas, hidratação e umectação da pele.
- Observar a presença de calosidades e outras deformidades.
“As avaliações e intervenções realizadas por um enfermeiro estomaterapeuta capacitado são de extrema importância para orientar os cuidados adequados a fim de prevenir ulcerações e amputações que comprometem diretamente a qualidade de vida”, explica a enfermeira.
“Cerca de 85% das amputações são antecedidas por úlceras. Uma simples avaliação nos pés poderia prevenir pelo menos 50% delas”, destaca.
SERVIÇO
A enfermeira estomaterapeuta e especialista em podiatria clínica, Veniangeli A.B.S. Bernardi (COREN-PR 22986), atende na CLINCARE, que fica na Avenida Ipiranga, 4359 – Umuarama – PR. Fone (44) 3622-3300.
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