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Cardiologista alerta: estresse é um vilão para o coração dos mais jovens

Publicado em 01/02/2018 às 08:44

Atualmente não são raros os casos de pessoas cada vez mais jovens sofrendo com problemas cardíacos. De acordo com a médica cardiologista Priscila Megda João Job (CRM 27.419), o estresse contribui para o aparecimento de grande parte das doenças no coração, especialmente em pessoas na faixa dos 30 anos de idade.

“O mais comum era que os homens acima dos 50 anos de idade e as mulheres após a menopausa, com outros fatores agravantes, manifestassem problemas cardíacos. Hoje não é raro pessoas com menos de 40 anos, aparentemente saudáveis, desenvolverem doenças no coração”, diz.

Segundo a médica, o estresse libera hormônios que aceleram o sistema nervoso do corpo, disparando cargas excessivas de adrenalina que sobrecarregam o coração. 

Bons hábitos, como exercícios físicos, ter alimentação balanceada, evitar o tabagismo e o excesso de bebidas alcoólicas e controlar doenças crônicas, como a hipertensão e a diabetes podem ajudar a ter um coração saudável por mais tempo.

“Além disso, cultivar relações mais tranquilas no trabalho e em casa é fundamental, não só para a saúde do corpo, como também da mente. Controlar o estresse é a dica de ouro para quem quer viver mais e melhor”, comenta a especialista.

 

Exercite-se 

Os exercícios aeróbicos são os melhores para o coração. “Correr é bom, mas uma caminhada que faz transpirar já ativa a parte cardiovascular e pode fazer muito bem. Dançar, andar de bicicleta, jogar tênis, participar de aulas aeróbicas como a zumba, por exemplo, são atividades ótimas para o coração e também ajudam a controlar o estresse”, diz a médica.

Segundo a médica, a frequência com que a pessoa se exercita é muito importante. “O ideal são pelo menos 150 minutos por semana, divididos em três ou quatro dias”, recomenda.  

 

A alimentação é outro ponto importante para quem quer ter um coração saudável.

De acordo com a doutora Priscila, a fartura de alimentos rápidos e calóricos como os fast foods e refrigerantes, as facilidades da vida moderna, como automóveis, elevadores, computadores e celulares, que ajudam a resolver as questões do dia a dia com o menor esforço possível, colaboram para o sedentarismo e a obesidade.

O ideal é evitar as dietas hipercalóricas, abundantes em gorduras, açúcares, sal e procurar equilibrar a dieta, acrescentando mais verduras e legumes, aumentando o consumo de carnes brancas, sementes e nozes nas refeições do dia a dia.

“Isso não significa que devemos deixar de comer carne vermelha completamente, ou simplesmente abrir mão daquela sobremesa que tanto gostamos. Com moderação e equilíbrio, podemos comer de tudo, sem prejuízo ao nosso organismo”, tranquiliza a especialista.

Quando procurar ajuda?

Muitos pacientes só procuram um especialista quando a saúde já atingiu um ponto crítico. “É cada vez mais comum pessoas jovens sofrerem ataques cardíacos. Por isso mesmo a preocupação com a saúde do coração deve começar o quanto antes”, reitera.

Para a doutora Priscila, o controle dos fatores de risco é um dos pontos fundamentais da prevenção. “O primeiro check up deve ser aos 30 anos de idade. Exames físicos e laboratoriais podem apontar a existência de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Analisar o histórico familiar e comportamental do paciente também é importante para diagnosticar fatores genéticos. Quando necessário, requisitamos o eletrocardiograma e outros exames”, diz.

Para ter um coração saudável, atitude é fundamental. “Boa alimentação, exercícios físicos e procurar um médico pelo menos uma vez por ano para uma avaliação são caminhos para uma vida longa e saudável”, reitera.

 

SERVIÇO

A médica cardiologista Priscila Megda João Job  (CRM 27.419 – RQE 17.727 – RQE 17.728), se formou em medicina na Pontifícia Universidade Católica – PUC de Curitiba. Residência em Clínica Médica no Hospital do Carjuru (PUC), Residência em Cardiologia no Hospital Costantini, em Curitiba. Pós-Graduanda em Medicina do Esporte. Possui Título de Habilitação em Ergometria e Título de Especialista em Cardiologia. É Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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