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O câncer de pele é o mais incidente em várias partes do globo, e no Brasil alguns fatores tornam esse tumor muito frequente

Foto: Divulgação

Por que o câncer da pele é tão comum no Brasil?

Publicado em 01/12/2018 às 14:00

O câncer de pele não melanoma é um dos mais incidentes na população e a cada ano quase 200 mil brasileiros são diagnosticados com a doença.

Em um país tropical como o Brasil, com alta incidência solar durante todo ano, ele é ainda mais frequente. Histórico familiar, características da pele (pele clara é mais propensa a desenvolver o câncer) e excesso de exposição solar são fatores de risco para a doença.

No caso dos brasileiros, o problema se torna mais grave porque grande parte da população ainda não tem o hábito de passar filtro solar antes de se expor ao sol, somente quando vai à praia ou piscina.

Das 10 horas da manhã até às 16 horas, há prevalência dos raios ultravioleta do tipo B. Embora o comprimento de onda desses raios não seja tão longo quanto o do tipo A, eles são mais cancerígenos, provocam manchas e envelhecimento precoce da pele. Por isso a importância de criar o hábito de adotar medidas de proteção que vão além do uso do protetor solar como: óculos escuros, bonés de aba grande para proteger a face ou então a utilização de guarda-chuva. Há disponível no mercado, inclusive, maquiagens ou creme dermatológicos para o rosto com fator de proteção. Só é importante não esquecer de reaplicar ao longo do dia.

Lembre que os danos causados pelo sol são cumulativos. Com o passar da idade, quanto mais frequente e duradoura tiver sido a exposição, maior a possibilidade de ocorrerem manchas e tumores malignos.

Isso não quer dizer, no entanto, que você está proibido de tomar sol, mas é importante ter prudência. A pessoa pode identificar seu limite observando o eritema da própria pele, ou seja, o vermelhidão que se forma após a exposição ao sol, que arde e incomoda à noite.

Na hora de comprar protetor solar, não se esqueça que o FPS está ligado à proteção contra os raios UVB (responsáveis pelas queimaduras do sol e câncer de pele). Porém, a proteção contra os raios UVA (responsáveis pelo envelhecimento da pele, manchas e aumento do risco de câncer de pele) é um terço do FPS rotulado. Logo, quanto maior o FPS do produto, maior também a proteção contra os raios UVA. Portanto, é indicado o uso de protetor solar com FPS mínimo de 30.

“Muita gente tem dúvida sobre a quantidade correta. Recomendamos que o indivíduo passe o equivalente a uma colher de sopa cheia em todo corpo, reaplicando a cada duas horas ou depois que entrar em contato com água”, explica o dr. Joaquim Mesquita, coordenador nacional da Campanha de Prevenção ao Câncer da Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para não haver dúvida, uma lesão indicativa de câncer tem algumas características marcantes como:

  •     Aparência elevada e brilhante, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida e que sangra facilmente;
  •     Pinta preta ou castanha que muda de cor e textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
  •     Mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

“As áreas mais suscetíveis são as que recebem mais exposição solar, como face, braços, couro cabeludo, para quem tem pouco cabelo, orelhas, que são muito esquecidas, e até os lábios. Por isso é importante sempre fazer o autoexame, ver se não há nenhuma lesão pré-existente. Se surgir uma lesão que não cicatriza em 10, 15 dias, é importante buscar ajuda médica.”

Campanha de 2018

Com a chegada do dezembro laranja, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) dá continuidade à campanha “Se exponha mas não se queime”, com ações e atividades de informação na internet, ruas, praias e parques. As recomendações básicas da SBD incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 10h às 16h); utilizar chapéus de abas largas, óculos para sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal.

Além disso, haverá atendimento gratuito ao público no dia 1 de dezembro, em que cerca de 4 mil dermatologistas e voluntários prestarão atendimento e esclarecimento quanto à importância de adotar medidas preventivas. As consultas serão realizadas em 132 postos de atendimento em diversos estados.

Confira a lista de locais clicando aqui.

Fonte: Dráuzio Varella

 

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