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A previsão do governo federal é dar início à campanha nacional de imunização no dia 20 de janeiro

Foto: AEN

Paraná está preparado para iniciar a vacinação contra covid-19

Publicado em 11/01/2021 às 20:33

O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou durante visita à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, na semana passada, que a vacinação no Paraná deve começar ainda em janeiro em profissionais de saúde e comunidades indígenas isoladas. A campanha respeitará os critérios do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e as doses que ingressarem no Programa Nacional de Imunização (PNI).

“O Ministério da Saúde tem anunciado que a partir do dia 20 começa essa campanha de imunização em todo o território nacional”, ressaltou Ratinho Junior.

Ele destacou que doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca, e que no Brasil está sob responsabilidade da Fiocruz, serão utilizadas no Paraná. “Foi uma agenda muito importante para conhecer a área técnica e a preparação da produção da vacina”, disse.

A Fiocruz informou que o protocolo de uso emergencial do imunizante foi entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 8 de janiro.  Após a aprovação, o Paraná vai receber parte de 2 milhões de vacinas que serão importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia. As doses deverão ser as primeiras aplicadas no País, junto com a Coronavac/Butantan.

O governador ainda reforçou que o Paraná respeitará o calendário nacional e está se preparando desde o ano passado para receber, armazenar, distribuir e imunizar milhões de paranaenses em 2021. “O Paraná está pronto. Temos agulhas, seringas, praticamente dois mil pontos de vacinação e uma logística pronta para os imunizantes chegar nos municípios”, afirmou Ratinho Junior.

Ele destacou o processo de regionalização dos serviços de saúde iniciado ainda em 2019 e disse que a Secretaria de Estado de Saúde já trabalha esta estratégia em conjunto com as prefeituras e as regionais há bastante tempo. “Estamos reafirmando esse modelo que é bem sucedido. Teremos toda a logística necessária para distribuir a vacina aos municípios, com todo o apoio possível”.

Ratinho Junior defendeu o histórico de campanhas de vacinação do Brasil e o Programa Nacional de Imunização (PNI). “O País tem esse ativo, independente de governo. Sempre acreditamos nessa estratégia de imunização”, declarou.

O governador disse que o Paraná está se colocando à disposição para inclusive ajudar outros estados. “E, agora, com essa visita, conhecendo in loco, esperamos começar a imunização no começo de 2021 para trazer mais tranquilidade para a população”, completou.

VACINAS – O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o País já tem 354 milhões de doses acordadas, com as 254 milhões da Fiocruz e mais 100 milhões da parceria Coronavac/Butantan. Além disso, a pasta continua negociando com a farmacêutica americana Pfizer para a vacina Pfizer/BioNTech. Há, ainda, a promessa de 42,5 milhões de doses do consórcio Covax Facility.

Ele também disse que os Estados e municípios têm pelo menos 60 milhões de seringas já disponíveis, que a Organização Panamericana de Saúde (Opas) disponibilizará outras 8 milhões em fevereiro, além da requisição administrativa já realizada de 30 milhões de unidades das indústrias nacionais. Apenas o Paraná tem 11 milhões de seringas/agulhas e previsão de compra de mais 16 milhões no curto prazo.

Confira as medidas que o Governo do Estado já adotou para a vacinação

- 11 milhões de seringas já adquiridas;

- Registro de preço para aquisição de 16 milhões de seringas;

- 21 câmaras frias já adquiridas e 180 em processo de aquisição;

- Contratação de 31 câmaras frias para armazenamento em parceria com o governo federal;

- 1.850 salas de vacinação aptas, em estratégia com os municípios;

- Possibilidade de ampliação de locais de vacinação com a estratégia extramuros;

- R$ 200 milhões na LOA 2021 para aquisição de vacinas;

- Abertura de processo de aquisição de agulhas;

- R$ 22 milhões para aquisição de EPIs: máscaras, luvas, gorros, avental, algodão;

- Freezers (produção de gelo) e equipamentos de ar-condicionado já adquiridos;

- 4 contêineres refrigerados de 40 pés para armazenamento de 100 mil doses de vacinas cada no Cemepar;

- 17 ª Regional de Saúde já locou um contêiner de 20 pés para armazenamento de 50 mil doses de vacina;

- 4 caminhões refrigerados para distribuição vacinas e possibilidade de aquisição de novos veículos;

- Perspectiva de implantação de câmaras modulares para armazenamento de frios nas 22 Regionais de Saúde.

Saiba como será o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19

O Ministério da Saúde lançou em dezembro o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19. Ele está dividido em dez eixos, que incluem descrições sobre a população-alvo para a vacinação; imunizantes já adquiridos e os que estão em processo de pesquisa; operacionalização da imunização; e esquema logístico de distribuição das vacinas pelo País; dentre outros.

A previsão é de que a vacinação dos grupos prioritários seja concluída no primeiro semestre de 2021. São eles: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena, na primeira fase; pessoas de 60 a 74 anos, na segunda fase; e pessoas com comorbidades (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras), na terceira fase.

Outros grupos populacionais também considerados prioritários, como professores, trabalhadores dos serviços essenciais (forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema de provação de liberdade), populações quilombolas, população privada de liberdade, pessoas em situação de rua e outros grupos serão contemplados na continuidade das fases, conforme aprovação, disponibilidade e cronograma de entregas das doses a serem adquiridas.

A estimativa do Ministério da Saúde é que sejam necessários 12 meses após o fim da etapa inicial para realizar a imunização da população em geral. Algumas de suas diretrizes são dinâmicas e ele poderá ser revisado com o andamento da campanha, de acordo com as vacinas a serem incorporadas ao SUS.

Na área logística, o Ministério da Saúde terá o apoio da Associação Brasileira de Empresas Aéreas por meio das companhias aéreas, Azul, Gol, Latam e Voepass, para transporte gratuito da vacina Covid-19 às unidades federadas que necessitam do transporte aéreo para a chegada das doses. O País conta com 38 mil salas de vacinação, podendo chegar a 50 mil postos em períodos de campanhas.

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