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Umuarama registra primeiro caso da síndrome mão-pé-boca

Publicado em 24/03/2018 às 00:14

Nas estações do outono e inverno é comum aparecerem casos de doenças de transmissão respiratória e de contato entre as pessoas, devido à aglomeração e falta de ventilação.

As instituições de saúde já foram alertadas pelo Setor de Vigilância Epidemiológica (SVE) da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e um comunicado também já foi enviado para a Secretaria Municipal de Educação repassar às escolas municipais, alertando pais e professores para medidas preventivas e também com dicas para identificar eventuais casos.

O alerta é da coordenadora da SVE, enfermeira Andreia Balan. Nesta semana, a imprensa divulgou dados sobre a síndrome mão-pé-boca e, devido à divulgação da informação, um caso já foi identificado em Umuarama. “Como se trata de uma doença de fácil contágio, é importante tomar medidas preventivas para evitar que ela se espalhe entre as crianças”, alertou.

A melhor forma de prevenir a doença é reforçar as medidas de higiene, lavar bem as mãos e os alimentos que serão consumidos. Além disso, é recomendado o afastamento da escola ou do trabalho em caso de infecção, até o desaparecimento dos sintomas (que ocorre geralmente entre 5 a 7 dias).

A enfermeira explica que a síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral contagiosa, causada pelo enterovírus Coxsackie A. A transmissão se dá pelas mãos sujas ou por alimentos mal lavados ou mal cozidos, que tiveram contato com fezes contaminadas, e também por meio das gotículas espalhadas através de tosse, espirros e saliva. 

“O diagnóstico é clínico, sem necessidades de exames laboratoriais na maioria das vezes, porque o quadro é bem típico. O tratamento é sintomático e deve incluir as medidas utilizadas no tratamento de outras viroses, como repouso, alimentação leve e ingestão aumentada de líquidos”, orienta Andreia Balan.

“Bochechar com água e sal ajuda a aliviar a dor da boca. O quadro clínico é autolimitado e melhora espontaneamente com as defesas do organismo”, completa.

Saiba mais

A síndrome mão-pé-boca acomete principalmente crianças com menos de 5 anos (mais frequente dos 6 meses aos 3 anos) e caracteriza-se por lesões na cavidade oral e erupções nas mãos e pés. Após 3 a 6 dias de incubação surgem sintomas como febre, mal estar e perda de apetite. Um ou dias após, aparecem lesões da boca, como pontos avermelhados, pequenas bolhas ou úlceras dolorosas na língua, no palato e nas partes internas dos lábios e bochechas.

Um ou dois dias após as lesões da boca, começam aparecer as lesões nas palmas das mãos e na planta dos pés (pequenas bolhas, com um halo avermelhado ao seu redor). Também pode haver lesões em nádegas, coxas, braços, tronco e face.

Nem todas as pessoas infectadas desenvolvem o quadro clínico completo da doença, podendo ocorrer apenas lesões na boca e palma das mãos. Na maioria dos casos, a doença evolui de forma benigna, com cura espontânea após 7 a 10 dias, sendo pouco frequentes as complicações. O maior problema costuma ser a alimentação, com dificuldade de aceitação de alimentos e líquidos.

Como para a maioria das infecções virais, não existe um tratamento específico, sendo recomendados medicamentos sintomáticos (antitérmicos, analgésicos, etc), repouso e alimentos leves, frios e pouco condimentados.

A transmissão do vírus ocorre através do contato direto com secreções das vias respiratórias (como a saliva, por exemplo), secreções das lesões das mãos e dos pés, ou fezes das pessoas infectadas, ou ainda através de contato com brinquedos ou objetos contaminados por estas secreções. O diagnóstico costuma ser clínico, sem necessidade de exames laboratoriais. O maior risco de contágio ocorre durante a primeira semana de doença.

Prevenção

Algumas medidas são fundamentais para prevenir a disseminação da doença:

-  Intensificação das medidas de higiene: lavagens das mãos; higienização das superfícies e dos brinquedos; impedir o compartilhamento de chupetas, mamadeiras, talheres e copos

-  Afastamento das pessoas doentes (da escola ou do trabalho) até o desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas)

 

 

Fonte: Obemdito

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