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Combate à violência é tema de ações do Dia da Mulher em Umuarama

Publicado em 19/02/2018 às 19:44

O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março no mundo todo, já tem a programação definida em Umuarama. Diversas ações serão realizadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com o CREAS (Conselho de Referência Especializado de Assistência Social). A abertura das atividades foi marcada para 5 de março, com café da manhã às 8h na Secretaria-Executiva dos Conselhos, em conjunto com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.

O cronograma segue com intervenção técnica no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e de gênero, que será tema de palestra às 14h do dia 6, no anfiteatro da Prefeitura – Auditório Haruyo Setogutte, sob a condução da palestrante Anne Grace Gomes, graduada em Serviço Social, mestre em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina e assistente social na Secretaria da Mulher de Maringá, além de docente na Faculdade Metropolitana de Maringá, com experiência no serviço social e planejamento, trabalho, gênero e violência contra a mulher.

Na quarta-feira, 7, haverá panfletagem das 9h às 11h no semáforo da Avenida Paraná, cruzamento com a Avenida Rolândia, e das 14h às 17h na Avenida Parigot de Souza, à margem do Bosque dos Xetá, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e a Delegacia da Mulher. O Dia Internacional da Mulher, 8/03, será o “dia da beleza” no auditório do CREAS/CRAM a partir das 14h. Dia 9, o “dia da beleza” será no mesmo local e horário, em parceria com o curso de Estética da Universidade Paranaense (Unipar).

O encerramento em público das ações está previsto para 10/03, com atividades organizadas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) na Praça Arthur Thomas, das 8h às 13h. As mulheres assistidas e acompanhadas pelo CREAS/CRAM terão uma manhã de lazer em um pesqueiro da cidade, no dia 23, a partir das 9h.

O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) está localizado na Rua Rodrigues Alves, nº 2580, fundos do Cemitério Municipal, no Parque Cidade Jardim. Os telefones de contato são (44) 3906-1015 e 3906-1016.

 

Saiba mais...

Atendimento à mulher vítima de violência

A violência não é uma, mas múltipla. Seu vocábulo possui origem latina e vem da palavra vis, que quer dizer força e se refere às noções de constrangimento e de uso da superioridade física sobre o outro. Ainda segundo a autora, quem analisa os eventos violentos descobre que eles se referem a conflitos de autoridade, a lutas de poder e a vontade de domínio, de posse e de aniquilamento do outro ou de seus bens de acordo com Minayo (2006).

Para compreender a complexidade da violência à mulher é necessário desvendar suas estruturas a partir do conceito de gênero. Entende-se gênero como uma construção histórica e sociocultural, que atribui papéis e comportamentos aos sexos. Para as mulheres, determinam-se a passividade, a fragilidade, a emoção e a submissão; aos homens, a atividade, a força, a racionalidade e a dominação. A dimensão de gênero é estruturada enquanto relação de poder, implicando em uma usurpação do corpo do outro, e configurasse, geralmente, entre homens e mulheres.

CONTEXTO HISTÓRICO

O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX.

  • Séculos 15 a 17 Mulheres que resistem às imposições da igreja e praticam rituais de cura são consideradas bruxas e queimadas pela Inquisição.

  • Século 17 Desenvolve-se a tese de que as mulheres iriam conseguir a igualdade, se tivessem acesso à educação. A tese se mostrou falsa.

  • Século 19 Início da luta pelo direito ao voto em países como os EUA.

  • 8.mar.1857 129 operárias de uma indústria têxtil nos EUA são assassinadas pelos patrões. Elas haviam feito greve por melhores salários e redução da jornada de trabalho, que era de 14 horas.

  • 1910 Criado o Dia Internacional da Mulher no 2º Congresso Internacional de Mulheres, em Copenhague (Dinamarca), em memória das operárias mortas durante protesto nos EUA em, 1857.

  • 1949 Lançado o livro que marca o nascimento do feminismo radical contemporâneo, “O Segundo Sexo”, da francesa Simone de Beauvoir. Frase célebre da escritora: “Não se nasce mulher, torna-se”. Para ela, “as mulheres sempre foram marginalizadas porque os homens de todas as classes e partidos sempre lhes negaram uma existência autônoma”.

  • 1968 A revolução cultural, desencadeada por estudantes franceses, mas que acaba chegando a outros países, envolve as chamadas minorias políticas (índios, negros, homossexuais, ecologistas e mulheres). O movimento feminino adota a palavra de ordem “O corpo é nosso”. O desenvolvimento da pílula anticoncepcional, no início da década, dá impulso à revolução sexual. Agora as mulheres podem fazer sexo por prazer e escolher ter filhos só quando quiserem.

  • 1975 Promovido pela ONU, na Cidade do México, o Ano Internacional da Mulher e a Década da Mulher. Um plano de ação para o decênio seguinte, para eliminar discriminações contra a mulher, é aprovado.

  • 1995 Realizada em Pequim, na China, a 4ª Conferência Mundial da Mulher, mais recente encontro do gênero.

     

NO BRASIL

1934 As mulheres conquistam o direito ao voto.

1975 São criados diversos grupos de discussão sobre a questão da mulher. Os jornais “Nós Mulheres” e “Brasil Mulher” dão voz ao movimento pela anistia, inicialmente promovido pelas feministas.

1978 Acontece o Congresso da Mulher Metalúrgica. As mulheres intensificam a luta por creches, direitos trabalhistas, salários iguais ao dos homens, serviços de atendimento (educação, saúde e vítimas de violência) e pela divisão do trabalho doméstico.

1985 Surge a primeira Delegacia da Mulher em São Paulo. Cresce o número de serviços voltados para a mulher (SOS Mulher, Serviço de Orientação à Família).

1990 Multiplica-se o número de ONGs e serviços de atendimento da mulher.

7. ago. 2006 Sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Maria da Penha (lei 11.340) foi criada para combater à violência doméstica contra a mulher no Brasil. A norma estabeleceu que a violência doméstica –física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral– é crime.

Maria da Penha é mãe de três filhas e levou um tiro nas costas enquanto dormia, em maio de 1983. O disparo, efetuado por seu então marido, Marco Antonio Heredia Viveros, colocou-a em uma cadeira de rodas. Paraplégica, vítima de anos de violência doméstica (física e psicológica), lutou por quase duas décadas para ver seu agressor punido –16 meses em regime fechado. Antes disso, Heredia Viveros havia sido condenado em dois julgamentos, mas acabou em liberdade, graças a recursos impetrados por sua defesa.

 

Mulher é sinônimo de amor, coragem e dedicação”

08 de Março / Dia Internacional da Mulher

 

 


 

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Izamara Amado de Moura

 

CHEFE DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Sandra de Sousa Oliveira Prates

 

CHEFE DE DIVISÃO DO ATENDIMENTO À MULHER

Elaine Rosa

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