Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 Login
O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (14) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirma a morte de mais dez pessoas no Paraná pela doença e eleva para quase 97 mil o número de casos confirmados. Os dados são do 42º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho deste ano. Em Umuarama, são duas mortes.
Os dez novos óbitos somam-se aos 41 anteriores desse período, totalizando 51 mortes por dengue no Estado entre 2021 e 2022. As mortes ocorreram entre os dias 7 de março e 11 de maio em Pato Branco (2), Verê (2), Medianeira (1), Umuarama (2), Arapongas (1), Cambé (1) e Ribeirão do Pinhal (1). São três mulheres e sete homens, com idades entre 28 e 93 anos, sendo que cinco deles tinham comorbidades.
O QUE AS AUTORIDADES ESTÃO FAZENDO?
Com essa má notícia e passando de 1.000 o total de pessoas infectadas pelo vírus da dengue em Umuarama, desde o início do atual ano epidemiológico (agosto de 2021), as autoridades de saúde realizam medidas emergenciais. Foi liberada esta semana a utilização do fumacê, que lança jatos de veneno a fim de matar os mosquitos que estão voando. A medida é pouco eficiente, mas diante do avanço da doença, se faz necessária.
A melhor forma de combater a doença é eliminar o mosquito nos seus criadouros e evitar a proliferação através da extinção dos focos. Apesar das campanhas educativas e de várias iniciativas do poder público, a colaboração da população nesse trabalho - que é de todos - ainda é pouca.
Em Umuarama, o boletim desta semana trouxe 158 novos casos, em relação à última atualização. A dengue está presente em 93 localidades do município (bairros, praças, regiões de igrejas e escolas da sede e distritos) e ainda há 267 suspeitas em investigação. Com o avanço da doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) autorizou a aplicação de inseticida com ‘fumacê’ a partir da próxima semana.
Do total de 2.133 notificações, 844 exames foram descartados e 22 casos considerados inconclusivos. A Secretaria Municipal de Saúde já registrou cinco casos de dengue com sinais de alarme (mais sérios) e duas mortes com suspeita de dengue estão sendo investigadas pela Sesa. Até o momento não houve confirmação. As regiões de 16 unidades básicas de saúde (UBS) estão em surto de dengue, além do povoado de Vila Nova Jerusalém.
O Parque Industrial e os distritos de Lovat e Santa Eliza estão em alerta, enquanto a UBS Bem-Estar é a única com baixa incidência. Os distritos de Serra dos Dourados, Roberto Silveira e Vila Nova União ainda não tiveram exames positivos. Em número de casos a situação é mais crítica no Centro de Saúde Escola (região central), com 284 positivos, e no Jardim Panorama (143), Guarani/Anchieta (88), Posto Central (82) e Jardim Cruzeiro (74).
O Serviço de Vigilância em Saúde Ambiental vem intensificando as ações de combate à dengue no município, vistorias de rotina nos imóveis inclusive aos sábados – para recuperar locais encontrados fechados durante a semana.
De janeiro a abril deste ano, foram realizadas quase 100 mil visitas a imóveis e eliminados 77 mil potenciais criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. As ações originaram 680 notificações de multa. Para reforçar o trabalho e aumentar o número de visitas a imóveis foram contratados 32 agentes de campo temporários, por meio de processo seletivo simplificado (PSS).
FUMACÊ
Com o avanço da dengue, o município solicitou à Secretaria de Estado da Saúde a aplicação de inseticida com o chamado ‘fumacê’, equipamento de Ultra Baixo Volume acoplado a veículo (UBV pesado), que já foi autorizada. “Teremos reunião na próxima segunda-feira, 13, para estabelecer o roteiro e nossa expectativa é iniciar no mesmo dia a aplicação do fumacê, no final da tarde”, informou o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, Franzimar de Morais.
Serão atendidos 12 locais onde há maior infestação do mosquito ou incidência de casos da doença – as regiões das UBS 26 de Junho, CSE, Posto Central, Guarani/Anchieta, Jabuticabeiras, Jardim Cruzeiro, Jardim União, Lisboa, Panorama, San Remo, Sonho Meu e Vitória Régia, que concentram cerca de 80 mil habitantes e quase 700 casos de dengue. As maiores infestações ocorrem no Sonho Meu (4,8% dos imóveis visitados), Jardim Lisboa (4,7%) e Panorama (4,2%).