Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
Em percentuais, do total de notificações registradas até o momento, 9% deram positivo, 86% não se confirmaram e 4% estão em investigação
Foto: PMU
O informe técnico 28 da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), divulgado nesta segunda-feira, 8, com dados acumulados do início do atual ano epidemiológico até 06/02/2021, detalha a situação da dengue em Umuarama. Desde o final de julho de 2020 até a última semana, a cidade registrou 625 notificações de suspeita de dengue, das quais 536 foram descartadas, 59 casos foram confirmados (sendo dois importados e os demais autóctones) e 24 seguem em investigação.
As confirmações ocorreram por exames laboratoriais (56) e critérios clínico-epidemiológicos (duas). Em percentuais, do total de notificações registradas até o momento, 9% deram positivo, 86% não se confirmaram e 4% estão em investigação. Seis casos suspeitos (cerca de 1%) são inconclusivos. Houve um caso de dengue com sinais de alarme e nenhum com maior gravidade.
As regiões de 19 Unidades Básicas de Saúde (UBS) contam com casos positivos de dengue. A maior incidência é registrada na UBS Panorama (oito casos confirmados), seguida pela UBS Guarani/Anchieta (seis) e pela UBS 26 de Junho e Posto de Saúde Central (cinco em cada).
A UBS de Serra dos Dourados aparece em seguida com quatro casos. Sete UBSs registraram três casos, três unidades anotaram dois positivos e quatro tiveram apenas um caso até a última semana. A situação é considerada de alerta (código amarelo) na UBS Jardim Panorama e nas demais a avaliação é baixa incidência (cor verde). Apenas na UBS Cidade Alta ainda não houve registro da doença.
Os dados estão sujeitos a alterações, pois casos suspeitos são investigados diariamente através de laudos laboratoriais, sintomas relatados pelo paciente e por laudos médicos, além de duplicidades que eventualmente são excluídas do sistema e de novas informações que podem alterar o resultado final.
“O mais importante é a população saber que a dengue está aí. Muitos bairros têm alta infestação do mosquito. Nossas equipes estão nas ruas, visitando, orientando e combatendo o mosquito, mas cada morador precisa cuidar do seu quintal”, alerta a secretária municipal de Saúde, Cecília Cividini. “Elimine qualquer recipiente que possa acumular água, limpe as calhas, troque a água dos animais, coloque areia nos pratinhos dos vasos de plantas, enfim, tome todos os cuidados possíveis. Com infestação de mosquito, um caso de dengue pode se espalhar rapidamente por todo o bairro”, reforçou a secretário.
O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa) de 2021 apontou aumento na infestação do mosquito, também responsável pelo zica vírus e pela febre chikungunya. Foram encontradas larvas em 2,5% dos imóveis visitados (em média) no início de janeiro, mas no Jardim São Cristóvão a infestação superava 13% dos imóveis. Altos índices também despontaram na região da Escola Municipal Malba Tahan (12%), Alto São Francisco (11,1%), Jardim Independência (10,3%) e Jardim Arco-Íris (9,3%) e 23 localidades apresentaram índice entre 1,6% e 8%.
As unidades de saúde com maiores índices de infestação pelo mosquito na época eram as UBSs São Cristóvão (7,8%) e Lisboa (6,6%). Outras 13 UBSs tiveram índice entre 1% e 5,6% e em três não houve número significativo de focos do Aedes aegypti. O prefeito Celso Pozzobom também pediu atenção da população.
“A Prefeitura está atenta ao lixo descartado pela população de forma irregular, que também acumula água. Precisamos que cada um faça sua parte, cuide do seu quintal e não jogue lixo em qualquer lugar. Não podemos descuidar com a saúde, ainda mais quando ainda travamos uma dura batalha contra a pandemia de coronavírus, que está lotando nossos hospitais”, completou.