Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância do isolamento domiciliar e do distanciamento social para prevenir a disseminação do novo coronavírus entre a população. Num momento em que novos casos positivos estão surgindo quase que diariamente, a secretária Cecília Cividini lembra que é importante evitar o contato físico e a proximidade mesmo dentro de casa.
“Os mesmos cuidados que tomamos no trabalho, na rua ou no comércio precisam ser respeitados em nossos lares, para evitar o contágio de forma preventiva, e especialmente se a pessoa já tiver suspeita ou confirmação de infecção”, orientou. “Apesar de ser monitorado, esse grupo precisa de uma atenção e cuidados especiais”, reforçou.
Na reunião do Centro de Operações de Enfrentamento à Covid-19 (COE), nesta quinta-feira, 28, o médico infectologista Ricardo Perci recomendou que as pessoas evitem visitar familiares, receber visitas ou promover festas e confraternizações. “Essas reuniões, mesmo em pequenos grupos, possibilitam a disseminação do vírus porque em ambiente familiar as pessoas costumam relaxar nos cuidados, inclusive deixam de utilizar a máscara, e acabam se expondo mais ao contágio”, disse.
A secretária da Saúde lembrou que a pandemia ainda está em curva ascendente em Umuarama e que as medidas restritivas precisam ser reforçadas para manter sob controle o índice de ocupação dos leitos hospitalares – especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Precisamos lembrar que os mesmos hospitais recebem pacientes com trauma, infartados, vítimas de AVC e de todas as demais enfermidades, e não apenas na Covid-19. Além disso, por sua condição de polo, Umuarama recebe também os pacientes de toda a região nos casos de média e alta complexidade”, acrescentou Cecília.
São cerca de 300 mil habitantes que dependem da estrutura de saúde local. “No mesmo momento que a situação parece estar controlada, podemos ter um aumento na ocupação de leitos e faltar vagas para pacientes com a Covid-19. Só em Umuarama já temos mais de 4 mil pessoas contaminadas pela dengue e muitas delas podem ter complicações”, alertou.
Há várias agravantes que a população precisa levar em conta, antes de relaxar nos cuidados. “Se cada pessoa invectada contaminar cinco, seis ou até 10 familiares ou pessoas próximas, o cenário de relativa tranquilidade vai mudar completamente”, falou o médico Ricardo Perci. Por isso, é de extrema importância seguir as recomendações de isolamento, distanciamento social (em filas e ambientes públicos), uso correto e diário da máscara, higienização constante das mãos, etiqueta respiratória e o mínimo contato possível com outras pessoas.
Os grupos de risco (especialmente idosos e pessoas com comorbidades, como diabetes, hipertensão arterial e insuficiência respiratória) devem ter cuidado ainda maior. “O ideal seria não haver contato principalmente com os idosos. Mas sabemos que muitas avós estão cuidando dos netos, devido à suspensão das aulas. Se a convivência é inevitável, é preciso redobrar as medidas de segurança e usar a máscara mesmo em casa. Uma criança assintomática pode contaminar os avós e colocar a saúde deles em risco sem ninguém perceber”, alertou Cecília Cividini.