Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 Login
Conjunto de cânceres que atacam o sistema responsável por ajudar no combate de infecções. Está é a definição de Linfoma, conhecido como íngua ou os populares caroços, que podem aparecer em regiões como virilha, axila e pescoço ao longo da vida.
Domingo (15), foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Linfoma, doença que atinge mais de 735 mil pessoas no mundo todos os anos, segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).
O sistema linfático é composto por órgãos, vasos, tecidos linfáticos e linfonodos. Esse sistema todo produz e transporta glóbulos brancos – que são as células que combatem as infecções e fazem parte do sistema imunológico.
“O linfoma, ou a íngua, são linfonodos aumentados, que podem aparecer em ocasiões como infecções, por uso de medicamentos e eventualmente cânceres. Isso acontece quando as células normais do sistema linfático sofrem mutações e passam a se multiplicar sem parar, se espalhando pelo organismo”, explica a médica hematologista Dra. Aruana Legnani Mohr (CRM 31164 – RQE 20051).
A médica ressalta que muitas pessoas deixam para procurar um especialista meses após o aparecimento dessas ínguas e isso pode prejudicar no tratamento. “É importante que o paciente não demore para procurar um médico ao sentir qualquer tipo de alteração nessas áreas da axila, virilha e pescoço. O que percebo nos atendimentos é que muitos pacientes deixam para procurar um médico depois de meses, e só vão quando outros sintomas começam a aparecer. O diagnóstico precoce ajuda em uma resposta de sucesso ao tratamento”, analisa.
Atenção aos sintomas
Os sintomas geralmente aparecem como um agravante da doença, por isso, é preciso atenção a eles: suor noturno; aumento do baço; perda de peso sem motivo aparente; febre; coceira na pele; fadiga; fraqueza, aumento de linfonodos (gânglios).
Tratamento
O tratamento varia com o tipo de linfoma e pode envolver quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea.
Dra. Aruana relembra que existem medidas preventivas à doença, como evitar a exposição prolongada a produtos químicos, entre eles, os agrícolas, e fazer um autoexame frequentemente. “Quanto mais conhecermos nosso corpo, mais rapidamente detectaremos alterações. Procure um médico se notar a presença de uma íngua, especialmente se ela não for dolorosa, tiver crescimento rápido e não apresentar nenhum outro sinal de infecção como febre e mal-estar”, orienta a especialista.
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