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Homenageadas no Dia do Assistente Social, as profissionais falam dos desafios e do que motiva o trabalho em uma grande instituição de saúde

O trabalho e os desafios do Serviço Social em um grande hospital

Publicado em 18/05/2020 às 11:52

O Dia do Assistente Social, comemorado em 15 de maio, foi especial para as profissionais Kamila Ferrari Lemes Bruno e Joice Krominski Graça, que integram a equipe do Instituto Nossa Senhora Aparecida, em Umuarama. Elas foram homenageadas pela direção da instituição e falaram do trabalho e dos desafios da profissão na rotina de um grande hospital. 
“Elas estão aqui todos os dias, ajudando a trazer conforto e esperança às pessoas, através da humanização do ambiente hospitalar e da busca pela garantia dos direitos sociais de todos. Trabalham com os pacientes e também internamente com nossos colaboradores, integrando a Comissão de Humanização, promovendo ações de valorização humana e profissional. Agora é a vez de serem homenageadas, de uma maneira simbólica, mas que expresse o quanto são importantes aqui”, disse o gestor do Nossa Senhora, Cristiano Nelli, que entregou uma homenagem cada assistente social. 
O profissional graduado em Serviço Social tem um amplo campo de atuação, podendo exercer atividades de forma direta em vários tipos de instituições, governamentais ou privadas. A carreira tem foco na coletividade e na integração do indivíduo a sociedade.
De acordo com Kamila, o trabalho do assistente social em uma unidade hospitalar é muito peculiar. Apesar de termos um planejamento de trabalho, todo dia é um novo fato e não são raras as vezes em que nos deparamos com situações inusitadas, com as quais nunca lidamos. Esse é um dos grandes desafios”, diz.
A assistente social Kamila concluiu seu curso de graduação em Serviço Social em 2011, na Unicesumar em Maringá. Em 2013 ingressou no equipe do Instituto Nossa Senhora Aparecida. 
“Criamos amor por essa rotina. Nosso trabalho no hospital é voltado para a garantia do direito do cidadão à saúde integral. Trabalhamos para minimizar os traumas, especialmente em pacientes de longa internação e pessoas que, além de doentes estão em situação de vulnerabilidade social”, conta Kamila.
A assistente social Joice primeiro cursou graduação em Matemática. Em 2006 começou a prestar serviços como voluntária em uma comunidade religiosa no litoral do Paraná, que atendia pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social. 
“Não foi algo planejado. Ingressei no curso de Serviço Social para melhorar o atendimento na entidade e acabei me apaixonando”, conta.
Joice cursou graduação na Universidade Federal do Paraná – Campus Matinhos em 2015 e, em 2019, depois de fixar residência em Umuarama, se candidatou a vaga de Assistente Social e ingressou na equipe do Insa. 
“No hospital nosso trabalho é voltado principalmente ao atendimento de pacientes do SUS. Trabalhamos com pessoas que passam por longos períodos de internação, oriundos de outras cidades da região e até de Estados distantes. Procuramos garantir direitos, onde muitos só vêem dificuldades. Alguns chegam aqui com esses direitos já violados”, explica Joice.
Segundo ela, o Serviço Social do Insa trabalha no sentido de que haja uma continuidade da garantia desses direitos após a internação. “Atuamos até o momento da alta do paciente. Contudo, procuramos orientar essas pessoas sobre seus direitos e onde buscá-los”, conta. 
Kamila e Joice se dizem profissionais realizadas e recomendam o curso. “Atualmente há um amplo campo de atuação para o assistente social e o ambiente hospitalar é um deles. Em todos, é necessário amor e muita entrega”, define Joice.
Para Kamila é uma profissão para quem gosta de trabalhar com pessoas. “O assistente social não pode ser uma pessoa indiferente. É necessário ter empatia, ter essa condição de se colocar no lugar do outro”. 

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