Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 Login
A demência é uma crescente preocupação de saúde pública na América Latina, afetando 8,5% da população idosa, conforme aponta um estudo recente da USP. A doença, que impacta principalmente mulheres acima de 65 anos, encontra na região um cenário agravado por fatores socioeconômicos como pobreza, baixa escolaridade e acesso limitado aos serviços de saúde. Esses desafios levam a diagnósticos tardios, dificultando o suporte aos pacientes e seus cuidadores.
Nesse contexto, uma alternativa terapêutica promissora vem ganhando espaço: o uso do canabidiol (CBD). Pesquisas recentes apontam que o CBD pode ser uma ferramenta valiosa para mitigar os sintomas neuropsiquiátricos da demência, incluindo agitação, ansiedade, depressão e distúrbios do sono.
Nesse contexto, o CBD surge como um avanço. Estudos, incluindo uma pesquisa publicada no PubMed, mostram que óleos ricos em CBD podem reduzir sintomas neuropsiquiátricos em até 94,9% dos pacientes, diminuindo também o estresse dos cuidadores. O composto atua de forma similar aos antipsicóticos tradicionais, mas sem os efeitos adversos que impactam a mobilidade ou agravam outros sintomas.
O CBD, com baixa concentração de THC (50:1), apresenta um perfil considerado seguro pelos especialistas, sem os efeitos psicoativos associados à cannabis recreativa. No entanto, seu uso deve ser feito exclusivamente sob prescrição médica, respeitando as diretrizes de dosagem e monitoramento.
Ao mesmo tempo, é fundamental que governos invistam em iniciativas para melhorar o diagnóstico precoce e a educação em saúde, especialmente em regiões vulneráveis. O uso do CBD, aliado a uma estratégia de prevenção robusta, pode transformar o cuidado à demência, oferecendo alívio e dignidade tanto aos pacientes quanto aos seus cuidadores.
Com o avanço das pesquisas e a popularização do CBD como uma solução segura e eficaz, estamos diante de uma oportunidade sem precedentes para reimaginar o cuidado à demência. Mais do que um tratamento, o CBD representa uma chance de devolver qualidade de vida a milhões de pessoas na América Latina e no mundo.
COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
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