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Adoçante da Coca Zero pode ser  classificado como ‘potencial cancerígeno’

Publicado em 30/06/2023 às 13:19 por Editoria Movimento Saúde

O aspartame, um dos adoçantes artificiais mais comuns do mundo, usado inclusive na Coca-Cola Zero, deve ser declarado como Organização Mundial da Saúde (OMS) como possível cancerígeno para humanos. A notícia foi divulgada pela agência de notícias Reuters, nesta quinta-feira (29).

O adoçante será listado em 14 de julho. A decisão da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC),  braço de pesquisa de câncer da OMS, será  finalizada no início do mês após uma reunião de especialistas externos do grupo, visando avaliar se o consumo do produto apresenta perigo potencial ou não, com base em evidências publicadas.

A pesquisa não leva em conta quanto de um produto uma pessoa pode consumir com segurança. Este conselho para indivíduos vem de um comitê separado de especialistas da OMS em aditivos alimentares, conhecido como JECFA (o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para Agricultura e Alimentação), juntamente com as determinações dos reguladores nacionais.

No entanto, decisões semelhantes da IARC no passado para diferentes substâncias levantaram preocupações entre os consumidores sobre seu uso, levaram a ações judiciais e pressionaram os fabricantes a recriar receitas e trocar por alternativas. Isso gerou críticas de que as avaliações da IARC podem ser confusas para o público.

O JECFA, o comitê de aditivos da OMS, também está revisando o uso do aspartame este ano. Sua reunião começou no final de junho e deve anunciar suas conclusões no mesmo dia em que a IARC torna pública sua decisão – em 14 de julho.

Desde 1981, o JECFA afirma que o consumo de aspartame é seguro dentro dos limites diários permitidos. Por exemplo, um adulto de 60 kg teria que beber entre 12 e 36 latas de refrigerante diet – dependendo da quantidade de aspartame na bebida –  todos os dias para estar em risco. Sua visão tem sido amplamente compartilhada por reguladores nacionais, inclusive nos Estados Unidos e na Europa.

As decisões da IARC também enfrentaram críticas por desencadear alarmes desnecessários sobre substâncias ou situações difíceis de evitar. Tem quatro níveis diferentes de classificação – cancerígeno, provavelmente cancerígeno, possivelmente cancerígeno e não classificável. Os níveis são baseados na força das evidências, e não no quão perigosa é uma substância.

O primeiro grupo inclui substâncias desde carne processada até amianto, todas com evidências convincentes de que causam câncer, diz a IARC.

Trabalhar durante a noite e consumir carne vermelha estão na classe “provável”, o que significa que há evidências limitadas de que essas substâncias ou situações podem causar câncer em humanos e melhores evidências mostrando que causam câncer em animais ou fortes evidências mostrando que têm características semelhantes como outros carcinógenos humanos.

Os “campos eletromagnéticos de radiofrequência” associados ao uso de telefones celulares são “possivelmente causadores de câncer”. Como o aspartame, isso significa que há evidências limitadas de que podem causar câncer em humanos, evidências suficientes em animais ou fortes evidências sobre as características.

O grupo final – “não classificável” – significa que não há evidências suficientes. “A IARC não é um órgão de segurança alimentar e sua revisão do aspartame não é cientificamente abrangente e é fortemente baseada em pesquisas amplamente desacreditadas”, disse Frances Hunt-Wood, secretário-geral da Associação Internacional de Adoçantes (ISA).

Com informações: Direita Online

Fotos: divulgação

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