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TeleUTI Obstétrica: a segunda opinião médica na assistência à gestante de alto risco

Publicado em 11/03/2022 às 09:00 por Editoria Movimento Saúde

O Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade de São Paulo, lançou nesta quarta-feira (9), o TeleUTI Obstétrica, um projeto de teleconsultoria  para apoiar as equipes de profissionais de saúde que atuam na assistência obstétrica e hospitalar no acompanhamento de casos de gestação de alto risco. A iniciativa foi lançada, nesta quarta-feira (9), na Sala de Congregação da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP).

A estratégia se soma às ações desenvolvidas pela pasta para o enfrentamento da mortalidade materna e infantil no País, em especial, pelos efeitos causados pela pandemia da Covid-19.

O projeto visa possibilitar aos profissionais de saúde uma segunda opinião médica e criar soluções inovadoras para os casos em acompanhamento, além de oferecer operação remota de equipamentos de diagnóstico por imagem, por exemplo tomografia e ressonância magnética, e a telerregulação de casos de urgência e emergência.

“O Ministério da Saúde quer inovar com excelência técnica, com projetos que buscam mudar a realidade da assistência à gestante no SUS”, ressaltou o secretário da Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara.

A teleconsultoria será realizada por especialistas de diferentes áreas, como medicina, enfermagem, nutrição, psicologia e fisioterapia, por meio de reuniões semanais para discussão de casos clínicos, além de 48 aulas assíncronas via plataforma de telemedicina da USP e treinamento presencial de habilidades e competências para enfrentamento da mortalidade.

A ação é de abrangência nacional e será ofertada para 27 hospitais de referência em gestação de alto risco, de cada estado da federação e Distrito Federal. “Estamos falando de um grande projeto, conduzido por renomados especialistas e amparado nas melhores evidências científicas, para promover o manejo adequado da gestação de alto risco, em pacientes com Covid-19 ou acometidas pelas principais causas de morbimortalidade materna”, destacou o diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Antônio Braga Neto.

Outro ganho do projeto é a formação de força de trabalho de saúde digital para a rede do SUS, tais como: telemonitoramento de pacientes crônicos com cuidados integrados, treinamento e capacitação em UTIs, teletreinamento cirúrgico, como utilizando realidade virtual, dentre outros, permitindo o monitoramento de indicadores assistenciais.

“Esse projeto permite que o conhecimento gerado aqui extrapole os muros da faculdade de medicina da USP. Vejo com entusiasmo que estamos no caminho para exercer nosso papel de gerar e compartilhar conhecimento. Uma ciência que não chega onde tem que chegar é imoral”, afirmou a diretora Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Eloísa Bonfá.

Mortalidade Materna
O projeto é mais uma ação que busca mudar o cenário de mortalidade materna do País. Grande parte dos óbitos ocorrem durante a gravidez ou por complicações durante o parto, e 90% das causas podem ser consideradas evitáveis com atenção à saúde precoce e de qualidade. A mortalidade materna é um importante indicador da qualidade de saúde ofertada para as pessoas e é fortemente influenciada pelas condições socioeconômicas e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna da população.

Com informações: Ministério da Saúde

Fotos: MS/Divulgação

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