Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 Login
Ao longo de toda a vida, fumar sempre oferece riscos graves para a saúde. Acontece que quanto mais cedo começa esse contato com o tabagismo, maiores são os riscos de surgirem consequências no futuro. Isso sem falar que a dificuldade em parar também tende a ser maior. O problema é que o cigarro é presença quase obrigatória em alguns dos principais ambientes em que os jovens estão: os eventos sociais, como bares, festas e shows.
Dessa forma, o cigarro está muito associado a lugares e situações que as pessoas buscam para se divertir. Ele acaba ganhando um caráter positivo e, principalmente, atraente. Nesse aspecto, a influência dos amigos, ídolos e pessoas próximas exercem um grande poder. A maioria dos fumantes acendem o primeiro cigarro por curiosidade e de forma recreativa.
É justamente por esse motivo que fumar torna-se uma armadilha ainda mais perigosa nessa idade. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), muitos adolescentes, com o objetivo de conquistar espaço na sociedade e de satisfazer a necessidade de pertencer e ser aceito pelo grupo, acabam fazendo escolhas equivocadas que podem prejudicar a própria saúde.
E é claro que a adolescência também é marcada por ser um período de construção da própria identidade, da necessidade de autoafirmação. E a imagem do cigarro como “fruto proibido" estimula o desejo do adolescente e do jovem de “transgredir", e suas principais motivações para fumar são o desejo de se afirmar como adulto e de se firmar no grupo, reforça o INCA.
Mas além desse forte apelo social, a busca por novidades, motivada pela curiosidade, é uma característica ainda mais predominante nessa fase da vida. Faz parte do momento o desejo por experimentar coisas novas. É quando os jovens se tornam muito vulneráveis às mudanças. Porém, quando o assunto é cigarro, não vale a pena. Isso sem falar que, assim como funciona para os adultos, os adolescentes também associam o fumo a um relaxamento.
Isso sem falar da atual moda que tem atraído ainda mais as pessoas mais novas: os cigarros eletrônicos. Disfarçados por uma infinidade de sabores e aromas, eles dão, à primeira vista, a ideia de serem uma boa alternativa, especialmente inofensivos à saúde. E assim ganharam um espaço muito rápido, principalmente entre os mais jovens, reacendendo o debate sobre o tabagismo. E com toda razão, afinal, contrariando a opinião popular, eles também fazem mal à saúde.
Diante de toda essa ameaça, os mais velhos podem dar o seu apoio. E nesse sentido, a participação da família é ainda mais importante. Para aqueles que ainda não conheceram o cigarro, é importante que os pais ou responsáveis tenham um diálogo aberto com os mais novos, criando um espaço para explicar quais são os riscos e porque não compensa seguir por esse caminho. O exemplo dentro de casa também faz toda a diferença, afinal familiares que fumam podem influenciar desde cedo a dependência das próximas gerações.
O importante é evitar que o primeiro cigarro seja aceso. Mas se isso já aconteceu, é possível ajudar o jovem a não continuar. Nesse sentido, vale a pena que os familiares tentem entender o que motivou essa atitude e, a partir daí, traçar estratégias de apoio para fazê-lo parar. Um bom começo é evitando contato com situações que promovam os gatilhos.
O tabagismo é uma doença séria, grave e precisa ser tratada como tal. Toda essa atmosfera recreativa é, literalmente, uma cortina de fumaça para disfarçar os reais riscos. Por isso, a prevenção deve ser feita o quanto antes.
Fonte: Ministério da Saúde
Foto: Divulgação
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