Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 Login
A observação dos pais e das pessoas que mais convivem com a criança é a melhor forma de identificar possíveis atrasos. Caso seja identificado algum problema, intervenções médicas ou terapias específicas ajudam a reduzir eventuais prejuízos futuros, princi
Foto: Divulgação
Conforme a criança vai crescendo, é natural que surjam as comparações e que os pais se preocupem se está tudo correndo dentro do esperado para a idade dela.
Dúvidas como "Será que com essa idade ele já não deveria estar engatinhando? ou "A filha da vizinha já falou uma outra palavrinha, por que será que a minha não fala ainda?" são comuns.
Cada criança tem um ritmo diferente de desenvolvimento. Assim sendo, muitas vezes é difícil separar o que é simplesmente uma particularidade e o que é um verdadeiro atraso no desenvolvimento, que possa estar sendo causado por alguma condição que precise ser investigada e tratada.
A observação dos pais e das pessoas que mais convivem com a criança é a melhor forma de identificar possíveis atrasos. Caso seja identificado algum problema, intervenções médicas ou terapias específicas ajudam a reduzir eventuais prejuízos futuros, principalmente se iniciadas bem cedo.
O que significa exatamente "atraso no desenvolvimento"?
Os médicos usam o termo "atraso no desenvolvimento" quando uma criança não atinge alguns dos marcos do desenvolvimento com a idade esperada, mesmo já levando em conta as variações individuais. O atraso pode ocorrer em uma ou mais áreas:
Estudos já mostraram a ocorrência de atrasos no desenvolvimento entre 10 e 15 por cento das crianças de menos de 3 anos, portanto se trata de um problema relativamente comum.
Entre os atrasos estão dificuldade de aprendizado, de se comunicar, de se movimentar e até mesmo de brincar.
Quanto mais rapidamente a criança receber terapias adequadas, maior a chance de reduzir o impacto do atraso neuropsicomotor.
Alguns desses atrasos desaparecem até o início da vida escolar (ensino fundamental), enquanto outros são identificados apenas mais tarde.
Cerca de 40 por cento das crianças que têm algum atraso no desenvolvimento possuem também um outro atraso em outra área. Somente 2 por cento possuem três tipos ou mais.
A maioria das famílias consegue perceber com certa facilidade atrasos nos grandes marcos do desenvolvimento, como engatinhar e andar. Mas também há atrasos mais específicos, como a dificuldade em segurar objetos pequenos ou passar um brinquedo de uma mão para outra.
Na área da linguagem, um dos sinais de alerta é perceber que a criança não entende o significado de palavras, ou não tenta se comunicar, seja apontando ou balbuciando.
Nas consultas de rotina, o pediatra deve fazer perguntas sobre o comportamento do bebê e observá-lo para ter certeza de que ele está se desenvolvendo como o esperado.
Crianças que nasceram prematuras podem demorar mais para atingir certos marcos do desenvolvimento se comparadas com bebês nascidos no tempo certo. Até o segundo ou o terceiro aniversário, o pediatra pode preferir considerar como a "idade" do bebê prematuro a data prevista de parto, ou seja, a data em que a gestação teria completado 40 semanas.
O BabyCenter preparou listas de sinais de alerta de várias áreas do desenvolvimento para você consultar e conversar com o pediatra:
Em algumas situações, o atraso no desenvolvimento tem uma causa médica identificável, como complicações de um nascimento prematuro ou uma condição genética como a síndrome de Down ou outras síndromes. Também pode ser causado por algum acidente ou doença.
Problemas na fala e na linguagem podem ser causados por dificuldade de audição, questões físicas ou neurológicas ou ainda transtornos cognitivos. Pediatras, neuropediatras e fonoaudiólogos costumam ser os profissionais envolvidos em diagnóstico e opções de tratamento.
Problemas de visão podem ser a causa de alguns atrasos, e são difíceis de perceber. No início é o pediatra que examina a visão do bebê, mas em caso de preocupação ele pode encaminhá-lo para uma avaliação mais detalhada com um oftalmologista.
Se, mesmo depois de uma avaliação cuidadosa por parte do pediatra, ele não tiver identificado nenhum atraso e mesmo assim você não tiver se convencido, confie nos seus instintos e procure uma segunda opinião. Outra opção é buscar a avaliação de um especialista (neuropediatra, fonoaudiólogo ou ortopedista, dependendo do tipo de atraso).
Pode até ser que esteja tudo normal e que a criança supere rapidamente o atraso, ou pode ser que uma terapia curta já seja suficiente para resolver o problema.
Mesmo que realmente não seja nada, você vai ter a tranquilidade de estar fazendo tudo o que pode para que seu filho tenha a melhor assistência e o melhor desenvolvimento possíveis.
Fonte: brasil.babycenter