Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 Login
A divulgação de um curso superior de Psicologia na modalidade a distância chamou a atenção nas redes sociais. Atualmente, a graduação em Psicologia com carga de disciplinas na modalidade a distância ou semipresencial superior a 20% não é permitida e nenhu
Foto: Divulgação
A divulgação de um curso superior de Psicologia na modalidade a distância chamou a atenção nas redes sociais. Atualmente, a graduação em Psicologia com carga de disciplinas na modalidade a distância ou semipresencial superior a 20% não é permitida e nenhuma instituição está autorizada a oferecer este tipo de curso.
Apesar disto, a informação de um curso ofertado pela UNIFACVEST constava na plataforma do Ministério da Educação, o que aprofundou as dúvidas entre profissionais e estudantes. Consultado pelo CRP-09, o MEC informou, via email, que “o curso de Psicologia – Formação de Psicólogo cadastrado no sistema E-MEC não está autorizado e por uma inconsistência do sistema foi refletido no cadastro. Os cursos da UNIFACVEST já foram retirados do sistema”.
O Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) acompanha com preocupação o crescimento na abertura de vagas nesta modalidade na área de saúde e se posiciona contrário à oferta de cursos de graduação a distância de Psicologia. De acordo com a conselheira do CRP-PR e professora universitária Mari Angela Calderari Oliveira(CRP-08/01374), o ensino totalmente a distância é inviável nesta área. “A graduação prepara o profissional justamente para atuar nos relacionamentos e comportamentos humanos e o contato é imprescindível para a formação. As disciplinas técnicas como a avaliação psicológica, estágios e disciplinas aplicadas também não têm possibilidade de realização com qualidade mínima nessa modalidade”, avalia.
Diante disto, o CRP-PR lamenta que este tipo de informação seja aventada, ainda que decorrente de um erro, uma vez que pode induzir a uma compreensão equivocada e reitera a compreensão de que o ensino a distância traria prejuízos à formação das(os) profissionais da área e, consequentemente, queda na qualidade e riscos no atendimento à população.
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Fonte: http://crppr.org.br/