Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 Login
O presidente do Cisa-Amerios disse que serão realizados novos eventos de formação
Foto: Assessoria Cisa Amerios
Médicos, fonoaudiólogos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, técnicos e outros profissionais de saúde das Unidades Básicas de Saúde dos municípios consorciados ao Cisa-Amerios, participam nesta sexta-feira (18) do 1º Workshop sobre Disfagia, no auditório Silas M. Pereira, na sede do Cisa em Umuarama. O encontro promove comunicação entre as equipes, para a realização de um trabalho integrado.
Para o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amerios e prefeito de Alto Piquiri, Luis Carlos Borges Cardoso essa integração é fundamental para que os resultados dos tratamentos e procedimentos realizados tanto no Cisa quanto nos municípios sejam efetivos.
“Este é o primeiro de muitos eventos que estamos preparando para integrar os serviços do Cisa. Queremos a participação e as sugestões de todos os profissionais do sistema para que possamos melhorar sempre”, destacou o presidente.
Programação
As atividades do workshop foram interativas e duraram o dia todo. A primeira palestrante, a fonoaudióloga, Alexandra Lopes Rino, que também é organizadora do evento, falou dos aspectos fisiológicos da disfagia, diagnóstico e tratamento. A palestrante explicou aos outros profissionais como identificar a disfagia excluindo a possibilidade de outras patologias.
A palestra da enfermeira Carolina Ferrari Fernandes foi sobre os procedimentos e cuidados de enfermagem com o paciente. Ela demonstrou manobras e procedimentos e ressaltou a importância de se dar continuidade ao tratamento recebido na cidade de origem. Orientações sobre como abordar e orientar a família também foram passadas aos profissionais.
A alimentação do paciente com disfagia é outro ponto importante no tratamento. Para falar do assunto, a nutricionista Miechele Cordeiro, da empresa licitada Nutri Hospitalar veio especialmente de Maringá. Ela apresentou novidades sobre a alimentação enteral e demonstrou alguns produtos que podem ser fundamentais na recuperação da qualidade de vida dos pacientes.
A manhã foi encerrada com a psicóloga do Centro Mãe Paranaense, Cíntia Daiane Schimrmer, que fez uma abordagem importante sobre a rotina do profissional de saúde, que é cuidar das outras pessoas. “Quem trabalha cuidando dos outros, também precisa de cuidados. O profissional de saúde deve estar atento ao seu bem-estar físico e mental”, destacou.
A parte da tarde foi destinada às palestras médicas. O médico otorrinolaringologista Dr. Fernando Cesar Cardoso Maia Filho falou sobre disfagia orofaríngea, causas, consequências e tratamento. Para ele, a atenção primária é fundamental no diagnóstico precoce e também no sucesso do tratamento.
O médico Dr. Vagner Oliveira, do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Nossa Senhora Aparecida explicou que a disfagia, além de uma consequência comum em doenças neurológicas, pode também ser o foco de outras patologias, como acalasia, esôfago em quebra nozes e câncer de esôfago. A palestra abordou ainda epidemiologia e sintomas da doença.
“Quando o profissional da Unidade de Saúde recebe um paciente com queixas como regurgitação ou pirose, por exemplo, que é a queimação constante no esôfago, isso pode ser indicativo de uma doença própria e necessita ser avaliado”, destacou o profissional.
O médico clínico Silas Fernando Pessoa de Souza, que atua como médico plantonista do Hospital Aguinaldo Gouveira, no município de São Jorge do Patrocínio apresentou aspectos fisiopatológicos da disfagia e ressaltou a importância do trabalho conjunto e contínuo no tratamento da doença.
A fonoaudióloga Alexandra Lopes Rino encerrou o Workshop. Para ela esses encontros são fundamentais para ampliar a rede de atendimento e promover a integração dos profissionais. Novos encontros estão sendo programados e serão divulgados em breve.