Quarta-feira, 21 de maio de 2025 Login
Há um ditado que diz: "Os ciúmes são como ácido corrosivo para o relacionamento". Mas quando se trata de ciúme do passado do parceiro, é como se você estivesse tomando doses diárias desse veneno emocional.
O ciúme retroativo é uma armadilha mental que nos leva a um ciclo obsessivo de pensamentos sobre as experiências passadas de quem amamos. É como se estivéssemos competindo com fantasmas, tentando mudar um passado que não nos pertence.
Mergulhamos em um mar de inseguranças, buscando incessantemente informações sobre ex-parceiros, como se isso pudesse nos dar algum controle sobre o presente. Mas a verdade é que quanto mais cavamos, mais nos afundamos nessa espiral de dúvidas e medos.
Sem perceber, nos tornamos investigadores particulares das vidas amorosas passadas, vasculhando redes sociais e fazendo interrogatórios intermináveis. Mas será que isso realmente nos traz paz? Ou apenas alimenta nossa paranoia e machuca quem supostamente amamos?
O ciúme retroativo é especialmente cruel para aqueles que já carregam feridas de apego inseguro ou baixa autoestima. É como jogar sal em uma ferida aberta, impedindo que ela cicatrize.
Mas a cura começa com um simples passo: aceitar. Aceitar que o passado do seu parceiro faz parte da jornada que o trouxe até você. Aceitar que cada experiência, por mais dolorosa que seja, moldou a pessoa que você escolheu amar.
Não deixe que o ciúme envenene o que você tem de mais precioso. Abra as portas da sua prisão mental e permita-se viver o presente, construindo memórias que ninguém poderá apagar. Afinal, o amor é sobre cura, não sobre criação de novas feridas.
Se o ciúme está fora de controle, não hesite em buscar ajuda. Afinal, não há vergonha em admitir que precisamos de uma bússola para nos guiar de volta ao caminho da confiança e do amor próprio.
O passado é imutável, mas o futuro ainda está em suas mãos. Escolha escrevê-lo com a tinta da confiança, não com as correntes do ciúme.
Thiago Sian Andriolo
Psicólogo e Psicoterapeuta
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