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Canabidiol: Uma esperança no tratamento da demência

Publicado em 20/11/2024 às 09:18 por Editoria Movimento Saúde

A demência é uma crescente preocupação de saúde pública na América Latina, afetando 8,5% da população idosa, conforme aponta um estudo recente da USP. A doença, que impacta principalmente mulheres acima de 65 anos, encontra na região um cenário agravado por fatores socioeconômicos como pobreza, baixa escolaridade e acesso limitado aos serviços de saúde. Esses desafios levam a diagnósticos tardios, dificultando o suporte aos pacientes e seus cuidadores.

Nesse contexto, uma alternativa terapêutica promissora vem ganhando espaço: o uso do canabidiol (CBD). Pesquisas recentes apontam que o CBD pode ser uma ferramenta valiosa para mitigar os sintomas neuropsiquiátricos da demência, incluindo agitação, ansiedade, depressão e distúrbios do sono.

O impacto da demência e o potencial do CBD

Condições como Alzheimer e demência vascular afetam não apenas os pacientes, mas também seus familiares e cuidadores. Sintomas como apatia, psicose e distúrbios alimentares tornam o cotidiano desses indivíduos um desafio constante. Tradicionalmente, medicamentos antipsicóticos são utilizados, mas muitas vezes acompanham efeitos colaterais significativos que agravam a saúde dos pacientes.

Nesse contexto, o CBD surge como um avanço. Estudos, incluindo uma pesquisa publicada no PubMed, mostram que óleos ricos em CBD podem reduzir sintomas neuropsiquiátricos em até 94,9% dos pacientes, diminuindo também o estresse dos cuidadores. O composto atua de forma similar aos antipsicóticos tradicionais, mas sem os efeitos adversos que impactam a mobilidade ou agravam outros sintomas.

O CBD, com baixa concentração de THC (50:1), apresenta um perfil considerado seguro pelos especialistas, sem os efeitos psicoativos associados à cannabis recreativa. No entanto, seu uso deve ser feito exclusivamente sob prescrição médica, respeitando as diretrizes de dosagem e monitoramento.

Prevenção e cuidado integral: uma nova abordagem

Além do uso do CBD, é essencial uma abordagem integrada para o cuidado de pacientes com demência. Atividades como terapia ocupacional, estimulação cognitiva e nutrição adequada complementam os benefícios dos tratamentos farmacológicos. O estudo da USP ainda revela que até 54% dos casos de demência podem ser evitados com mudanças no estilo de vida, como maior atividade física e o controle de condições como obesidade e depressão.

O papel da ciência e da saúde pública

A introdução do CBD no tratamento da demência reflete um avanço significativo na abordagem das doenças neurodegenerativas. O acesso ao CBD deve ser ampliado por meio de políticas públicas e campanhas de conscientização para que mais pacientes se beneficiem dessa tecnologia médica.

Ao mesmo tempo, é fundamental que governos invistam em iniciativas para melhorar o diagnóstico precoce e a educação em saúde, especialmente em regiões vulneráveis. O uso do CBD, aliado a uma estratégia de prevenção robusta, pode transformar o cuidado à demência, oferecendo alívio e dignidade tanto aos pacientes quanto aos seus cuidadores.

Com o avanço das pesquisas e a popularização do CBD como uma solução segura e eficaz, estamos diante de uma oportunidade sem precedentes para reimaginar o cuidado à demência. Mais do que um tratamento, o CBD representa uma chance de devolver qualidade de vida a milhões de pessoas na América Latina e no mundo.

Consulte sempre um médico antes de iniciar qualquer tratamento. O uso do canabidiol deve ser feito com responsabilidade e acompanhamento especializado.

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