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Moradora de Tapira vence a cirrose hepática sem transplante

Publicado em 29/09/2024 às 14:45 por Editoria Movimento Saúde

Gildete Santos, de 52 anos, moradora de Tapira-PR, enfrentou desafios extremos impostos por uma grave doença no fígado com fé, perseverança, muita vontade de viver e um sorriso contagiante no rosto. Ela enfrentou tratamentos rígidos, ficou em coma e passou mais de cinco anos indo e vindo para Umuarama-PR para receber atendimento médico especializado. Recuperada, Gildete ainda faz acompanhamento médico atualmente. Trabalha, se dedicada à família, aos amigos e a ajudar o próximo. Por onde vai, leva sua história de fé e superação.

Em 2021, a carismática Gildete ficou conhecida em toda a região depois participar de um vídeo em comemoração ao Setembro Verde do Hospital Cemil, uma campanha de conscientização sobre a importância da doação de órgãos realizada mundialmente. Na época ela estava na fila para um receber um transplante de fígado, após ser diagnosticada com cirrose hepática.

A sua condição piorou muito quando uma infecção causada por uma toxina do próprio fígado atingiu seu cérebro, deixando-a em coma por sete dias. Gildete, aos poucos, foi desafiando suas condições médicas. "Estava com cirrose hepática avançada e pesando apenas 34 quilos, precisando constantemente retirar líquidos do meu corpo", explica.

O vídeo repercutiu muito e foi exibido em telejornais e sites de todo o país. Gildete disse que a partir daí passou a receber uma verdadeira corrente de solidariedade. "Isso me animou muito. Na época que eu gravei o vídeo, muitas pessoas me procuraram querendo saber como poderiam se tornar doadores", conta Gildete. "Se minha história ajudou alguém a doar, a salvar uma vida já valeu a pena."

Depois de vários procedimentos e tratamentos, a condição de saúde de Gildete foi melhorando aos poucos. "Quando voltei ao Hospital Cemil e fiz o ultrassom do fígado, ele estava funcionando novamente", conta emocionada. Aos poucos ela foi recuperando a saúde e o vigor e hoje não está mais na fila de transplante.

 

Caso raro na medicina

O caso da moradora de Tapira é raro. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, cerca de 20.000 pessoas morrem anualmente no Brasil devido a complicações relacionadas à cirrose hepática.

O tratamento da cirrose sem transplante pode ocorrer, dependendo do estágio da doença. Nas fases iniciais, é possível controlar a progressão com medicamentos, mudanças no estilo de vida e tratamentos das causas subjacentes, ou o tratamento antiviral no caso de hepatites. No entanto, não há dados oficiais que indiquem de forma precisa o número de pessoas que conseguem se recuperar completamente sem a necessidade de transplante.

Gildete continua fazendo acompanhamento médico periódico no Hospital Cemil. Leva uma vida ativa, trabalha, cuida de casa e é muito dedicada à família e à igreja. “Minha irmã e meu marido sempre estiveram ao meu lado e agora estamos muito felizes”.

Gildete trabalha como cuidadora do Seu Celestino, que tem mais de 90 anos e não dispensa a companhia da amiga.

“A doação de órgãos é um milagre”

Gildete diz que recebeu um presente divino, uma segunda chance, mas a doação de órgãos continua sendo uma esperança concreta para a maioria dos pacientes que aguardam por um fígado na fila: cerca de 41 mil pessoas atualmente no Brasil. "O que a medicina pode fazer, ela faz, e a doação de órgãos também é um milagre, é uma forma de salvar vidas. Cada doador é uma chance de vida para quem está lutando, então seja o milagre de alguém."

Para ser um doador de órgãos, converse com sua família e manifeste a sua vontade. Mesmo deixando uma declaração por escrito, a doação só acontece mediante o consentimento dos seus familiares.

Confira o vídeo que Gildete gravou em 2021 no link abaixo:

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