Terça-feira, 3 de dezembro de 2024 Login
A família de um paciente internado na UTI Adulto do Hospital Cemil, com morte encefálica confirmada, autorizou a doação de múltiplos órgãos. A cirurgia de captação foi realizada nesta segunda-feira (1), trazendo conforto aos familiares do doador e esperança de vida nova para diversos pacientes que aguardam na fila por um transplante.
Segundo representantes da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) do Hospital Cemil, a doação de órgãos e tecidos é um direito do paciente e seus familiares e a Unidade Hospitalar tem o dever informar e esclarecer todas as dúvidas sobre esse direito e o processo de doação.
Na captação realizada neste primeiro de janeiro, o paciente havia expressado seu desejo à família, que após todos os esclarecimentos e informações repassadas pela CIHDOTT do Hospital Cemil, prontamente autorizou a doação.
A doação de órgãos e tecidos só ocorre quando há a confirmação da morte encefálica em paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva, após a liberação da Central Estadual de Transplante do Paraná – CET/PR e com autorização expressa e de comum acordo da família.
DÚVIDAS MAIS COMUNS SOBRE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS
Quem pode e como ser um doador de órgãos e tecidos?
Para ser um doador de órgãos e tecidos o primeiro passo é expressar esse desejo à família. Não há documento ou qualquer tipo de declaração que se possa deixar em vida que irá sobrepor à vontade dos familiares.
Os familiares que podem autorizar a doação são os pais, filhos, avós, netos, irmãos e cônjuge (ou companheiro em união estável).
Qualquer pessoa que venha a morrer por morte encefálica e com autorização da família pode ser doador. Apenas algumas poucas doenças, como alguns tipos de câncer e o HIV impedem a doação.
Quais órgãos e tecidos podem ser doados?
Pulmão, pâncreas, vasos sanguíneos, ossos, intestino, ossículos do ouvido, pele, coração, válvulas cardíacas, córneas, medula óssea, fígado, rins, tendões e meninges.
O que é morte encefálica?
A morte encefálica é a morte do cérebro (encéfalo), de todas as suas partes, incluindo o tronco cerebral que é a parte do encéfalo que controla a respiração, os batimentos cardíacos e a temperatura do corpo. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo, tanto para os médicos como para a lei.
Pode haver doação em vida?
Sim. A doação de alguns órgãos ou tecidos pode ocorrer em vida (doador vivo) sem que isso afete a saúde do doador. A doação de órgãos entre vivos é permitida no Brasil entre parentes de até quarto grau ou cônjuge. A doação em vida pode ser de um órgão duplo como o rim ou uma parte de um órgão, como o fígado, o pâncreas ou pulmão. Ou ainda, de um tecido como a medula óssea. A doação entre vivos só acontece se não representar NENHUM problema de saúde para a pessoa que doa.