Domingo, 24 de novembro de 2024 Login
Com a chegada do outono e as oscilações de temperatura aumentaram os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em Umuarama e região. Nas Unidades de Ponto Atendimento o aumento de atendimentos de pacientes com sintomas respiratórios aumentou cerca de 80% nas últimas duas semanas.
Com leitos de Pediatria, UTI Pediátrica e Neonatal lotados, a Associação Beneficente do Noroeste do Paraná – Norospar emitiu na manhã desta terça-feira (28) um alerta à população. Um novo surto de doenças respiratórias está em curso, afetando pessoas de todas as idades, principalmente crianças de zero até os 12 anos.
Em pacientes nessa faixa etária, sintomas de resfriado como coriza, tosse e febre tem evoluído rapidamente para crises respiratórias agudas, que exigem atendimento médico imediato.
“Nessa época, que precede o inverno, aumenta a circulação de vírus respiratórios e doenças alérgicas em crianças e adolescentes. Alertamos os pais e responsáveis para intensificar os cuidados preventivos e para ficarem atentos aos sinais de piora nos quadros de síndrome respiratória", esclarece o coordenador de Pediatria e Neonatologia da Norospar, Dr. Kelson Ferrarini.
As crianças pequenas, de zero a cinco anos de idade, com baixa imunidade ou doenças crônicas, podem sofrer mais com as oscilações de temperatura e exigem maior atenção e cuidado.
Segundo o Dr. Kelson, é fundamental oferecer uma alimentação saudável às crianças, aumentando a oferta de frutas, verduras, sucos e principalmente água nessa época, mesmo que não estejam doentes. “A hidratação é fundamental nesse período, pois o ar está mais seco, favorecendo a proliferação as infecções virais”, disse.
Manter o ambiente limpo, arejado e evitar o contato com pessoas com sintomas gripais também é uma das recomendações consideradas “de ouro” pelos especialistas.
A vacinação é outro ponto indispensável quando o assunto é a prevenção das síndromes gripais. “Fiquem atentos a carteira de vacinação. Se houver vacinas pendentes, procurem a unidade de saúde mais próxima e protejam suas crianças”, recomendou o médico aos pais e responsáveis.
QUAIS OS SINTOMAS E O QUE FAZER?
Sintomas respiratórios leves
Coriza (nariz escorrendo)
Congestão nasal (nariz trancado)
Dor de garganta
Tosse
Perda de olfato e paladar
Febre baixa (igual ou acima de 37,8 ºC) com menos de 24 horas
Dor de cabeça
Dor no corpo
O que fazer? Monitore a febre, aumente a oferta de água, sucos e frutas. Após 24 horas, se os sintomas persistirem, procure atendimento ambulatorial. Vá à Unidade de Saúde mais próxima da sua casa ou o pediatra da sua confiança.
Sintomas respiratórios moderados
Febre (igual ou acima de 37,8 ºC) por mais de 24 horas
Febre que não melhora com uso de antitérmicos (paracetamol ou dipirona)
Vômitos que não melhoram com medicação
Fraqueza
Sensação de falta de ar
Respiração acelerada
Dificuldade para respirar, mas consegue falar e/ou comer/mamar (no caso de bebês)
Chiado no peito
Pontas dos dedos arroxeadas
O que fazer? Procure atendimento ambulatorial imediatamente. Vá à Unidade de Saúde mais próxima da sua casa ou ao pediatra da sua confiança.
Sintomas respiratórios graves - urgência e emergência
Lábios arroxeados
Gemidos
Dificuldade para falar devido à falta de ar
Dificuldade para comer e ingerir líquidos devido à falta de ar
Criança que não consegue mamar devido à falta de ar
Dificuldade para ficar acordado
Confusão mental
Febre muito alta (igual ou acima de 39 ºC)
Manchas vermelhas/ roxas no corpo
Lábios e/ou olhos inchados
O que fazer: Vá à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da sua cidade, que fica aberta todos os dias, com atendimento 24 horas.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO NOROSPAR