Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 Login
Os agentes comunitários de saúde (ACS) de Umuarama conheceram detalhes sobre o fluxo de encaminhamento e atendimentos realizados pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS – AD) em reunião técnica na tarde desta sexta-feira, 17, realizada pelo setor de Assistência Social da Secretaria Municipal de Saúde, no anfiteatro da Prefeitura.
As orientações foram prestadas pela enfermeira Joseany Camozzato, coordenadora do CAPS – AD, e pela psicóloga Débora Mendes Bagio, do setor de Assistência em Saúde do município, ao lado da coordenadora Caroline Oliveira Bagli.
“Os pacientes que enfrentam problemas com dependência química geralmente são encaminhados ao CAPS pela assistência em saúde. Mas com as devidas orientações, esse trabalho também poderá ser feito diretamente pelos agentes, que estão em contato diário com as famílias e identificam os casos que se enquadram no atendimento”, afirmou Caroline Bagli.
Adesão voluntária
A psicóloga Débora Bagio explicou que o CAPS – AD é uma das possibilidades de tratamento, que deve ter adesão voluntária do dependente em álcool ou drogas, e que os agentes devem apresentar também outras possibilidades. “O importante é orientar os pacientes e mostrar que existem opções de atendimento, conscientizá-los sobre a situação e as dificuldades que eles enfrentam e mostrar que é possível combater e vencer esse problema”, apontou.
A enfermeira Joseany lembrou que Umuarama conta com dois centros de atenção psicossocial – um que atende pacientes do município com transtornos mentais moderados ou graves (o CAPS II) e outro que atende pessoas de todas as cidades da 12ª Regional de Saúde por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisa Amerios), o CAPS – AD, para dependência em álcool e drogas.
Conhecem a realidade
O serviço é de porta aberta: aceita agendamentos por telefone e atende casos que surgem no dia a dia. Por isso, os agentes de saúde podem fazer o encaminhamento direto de pacientes, já que conhecem de perto a realidade das famílias do seu território. “O assunto é complexo, às vezes difícil de lidar, mas quando surgem casos desta natureza é importante orientar, conscientizar a pessoa e a família para a importância do tratamento e mostrar as opções”, completou Débora Bagio.
O CAPS – AD atende ao paciente inserido no seu meio social sem internação. A eficácia do tratamento depende do dependente químico e do trabalho multiprofissional desenvolvido no serviço, que envolve apoio familiar, espiritual, grupos de autoajuda e inserção social, além do atendimento médico e em saúde mental. Após a avaliação interdisciplinar é desenvolvido um projeto terapêutico para cada paciente, considerando a gravidade do seu caso.