Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 Login
Os holofotes sobre o nascimento de Luca, filho da famosa atriz Claudia Raia, 56 anos, trouxe à tona um assunto pouco falado até então: a gravidez na menopausa.
No último sábado (11), Claudia Raia deu à luz ao seu terceiro filho. A atriz anunciou a gravidez em agosto do ano passado, aos 55 anos, já no terceiro mês de gestação, quando disse que foi surpreendida com a notícia. Era o início da realização de um sonho dela e do marido Jarbas Homem de Mello, com quem se relaciona há 10 anos. O pequeno Luca nasceu com 48cm e 2,960kg, de parto cesariana.
Nas redes sociais, a famosa compartilhou com seus seguidores a chegada do lindo bebê. “Luca chegou iluminando a noite de sábado!”, escreveu a atriz.
A gravidez na menopausa é uma ocorrência rara, mas ocorre. Segundo dados do IBGE (2020), nascem cerca de 1.000 crianças, de mulheres com idade acima de 50 anos por ano, o que corresponde a 0,014% dos casos.
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O assunto, que já estava em alta entre os mais buscados da internet desde o anúncio da gestação de Claudia Raia, “bombou” e diversas abordagens sobre a gravidez de mulheres na pré e pós-menopausa ganharam a rede.
Menopausa e climatério
As mulheres acreditam que a chegada da menopausa põe fim ao sonho de ser mãe. Mas nem sempre é assim. Aliás, se não existe a intenção de engravidar, a mulher deve redobrar os cuidados. Isso porque, a medicina considera que a mulher está na menopausa quando a menstruação deixa de ocorrer há pelo menos 12 meses consecutivos.
De acordo com a Federação Brasileira de associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), quando o ciclo está irregular, e há ocorrência de menstruação em meses alternados, é caracterizado como climatério, que é quando ocorrem as ondas de calor, alteração da libido, mas ainda é possível engravidar nesse período, ainda que a chances sejam reduzidas. São as chamadas gravidez tardias, as que ocorrem a partir dos 40 anos.
Já na menopausa, a mulher não consegue mais engravidar naturalmente, apenas com o auxílio da reprodução assistida. No caso da atriz Claudia Raia, ela informou que fez tratamento para estimular fertilidade pouco tempo antes de engravidar.
Relógio biológico da mulher
Conforme explicam, especialistas, diferentemente dos homens, que apesar de terem declínio de fertilidade a partir dos 45 anos, mas ainda podem gerar filhos mesmo após os 50, 60 e até 70 anos, as mulheres possuem uma espécie de ‘estoque de óvulos’, determinado antes mesmo de elas nascerem. No decorrer da idade fértil, esse estoque vai diminuindo a partir da primeira menstruação, e se esgotam coma menopausa.
“Antes dos 35 anos de idade, as chances de uma mulher engravidar são de aproximadamente 85%. Dos 40 aos 44 anos as chances diminuem para aproximadamente 10%. A partir dessa idade, as chances são de menos de 5%”, afirmam.
Depois dos 40 anos, cada tentativa de engravidar é mais frustrante, já que fatores psicológicos e emocionais se somam aos físicos e hormonais, impactando na fertilidade e dificultando ainda mais o processo.
Nesse processo, a medicina reprodutiva avança cada vez mais, de forma que o climatério ou mesmo a menopausa não são impedimentos definitivos para o sonho da maternidade.
O médico especializado pode orientar e acompanhar esse processo e ajudar as mulheres a decidirem se entram nessa luta e quais as reais chances de vitória.
Com informações: Febrasgo e Pro-criar
Fotos: Divulgação
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