Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 Login
A situação epidemiológica do Paraná está em estado de alerta. Na sexta-feira (3), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou um ofício para o Ministério da Saúde solicitando apoio emergencial para o combate às arboviroses no Paraná, especialmente a chikungunya, que também é transmitida pelo Aedes aegypti (mosquito da dengue). O documento requisita insumos como testes sorológicos e inseticida para uso do fumacê.
Considerações
No ofício, o secretário de Estado da Saúde, César Neves, faz algumas considerações sobre a situação epidemiológica no enfrentamento das arboviroses no Paraná. As ponderações incluem a circulação de dois sorotipos de dengue no Estado, a epidemia de chikungunya no Paraguai e o alerta emitido pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Paraná (Cievs) considerando o fluxo intenso de pessoas na fronteira Brasil-Paraguai.
O documento reforça ainda o desabastecimento do Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) em relação aos kits para realização de exames sorológicos e o possível desabastecimento de inseticidas adulticidas para controle químico vetorial. Em junho, agosto e setembro do ano passado, a Sesa já havia feito solicitações e recebeu 1,5 mil litros do inseticida “Cielo”, quantidade insuficiente. “Os insumos que solicitamos servem para prevenção da dengue, zika vírus e a chikungunya, que neste momento nos preocupa bastante, dada a situação da doença no Paraguai. Contamos com o apoio do governo federal para esse combate, para que possamos frear a disseminação da doença e preservar o maior número de paranaenses do contágio”, alertou o secretário.
Surto no Paraguai
A Sesa já havia emitido um alerta para casos de chikungunya na última quinta-feira (2), após o Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Paraguai confirmar um surto da doença no país, com registro de nove mil casos nas últimas três semanas. Em Mato Grosso do Sul, região de fronteira, na cidade de Ponta Porá, por exemplo, o número de casos registrados nas primeiras semanas de 2023 já é superior a 2022 inteiro.
Ainda nesta sexta, a Secretaria estadual da Saúde recebeu a informação oficial da primeira confirmação de caso autóctone (quando a contaminação é local) no município de Pato Branco, no Sudoeste do Estado.
O último boletim epidemiológico divulgado pela pasta traz 126 notificações, sete casos confirmados (todos importados) e 73 em investigação.
Cuidados
Não existem tratamentos com medicamentos específicos e nem vacina para a Chikungunya, de forma que o foco do tratamento é dirigido ao alívio dos sintomas.
O combate à proliferação dos mosquitos transmissores depende muito da participação da população,que precisa fazer a sua parte, tomando medidas como:
• Tampar reservatórios de água;
• Evitar o acúmulo de pneus e garrafas no quintal;
• Remover galhas e folhas das calhas;
• Evitar jogar lixo em terrenos baldios;
• Manter ralos e calhas limpos e evitar entupimentos.
Saiba mais sobre a doença
A Chikungunya é uma infecção viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A primeira epidemia da doença ocorreu na Tanzânia, por isso o nome Chikungunya, que no idioma swahili significa “aqueles que se dobram”, em alusão à aparência curvada dos pacientes por conta das dores.
A transmissão se dá pela picada do Aedes aegypti. A proliferação ocorre em ambientes com água parada e doença pode causar complicações como: encefalite, Síndrome de Guillain-Barré, além de complicações neurológicas.
Atenção aos sintomas:
• Febre alta (acima de 38°C);
• Pele e olhos avermelhados;
• Coceira;
• Dores no corpo e articulações (joelhos e pulsos);
• Dor de cabeça
• Os sintomas podem durar por até 15 dias.
EMPREENDEDORISMO FEMININO
A trajetória da cabeleireira Maria Augusta e o seu legado ao empreendedorismo feminino