Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 Login
Há cerca de 10 dias, explodiu nas redes sociais um vídeo no qual o executivo da Pfizer, Jordan Trishton Walker, declarou, sem saber que estava sendo gravado, que a farmacêutica faz experimentos de alteração do material genético do coronavírus para produzir vacinas.
Walker foi identificado como diretor de operações estratégicas em pesquisa e desenvolvimento da Pfizer, além de responsável pelo planejamento científico da tecnologia de mRNA.
A Pfizer é fabricante do mais vendido imunizante baseado em nanopartículas de mRNA contra Covid-19. O vídeo teria sido gravado por câmeras escondidas por um membro do Projeto Veritas, uma organização sem fins lucrativos, de jornalismo investigativo.
Trechos da gravação
No encontro armado, o executivo chegou a dizer que o Covid é uma mina de ouro “pra nós”. As informações vieram à tona nos dias 25 e 26 de janeiro.
Num dos trechos da gravação, o Walker declarou: “Uma das coisas que estamos explorando é (...) causar as mutações por nós mesmos, de modo que possamos nos concentrar em criar, desenvolver de forma preventiva novas vacinas”.
Quando perguntado se a Pfizer pretende causar mutações no vírus da Covid, o executivo respondeu: “Isso não é o que dizemos ao público, não. Foi um pensamento que ocorreu em uma reunião e nós dissemos ‘por que não?’”
Ele também falou que as mutações seriam para uma “evolução direcionada” do vírus, o que foi interpretado como sinônimo de pesquisa de “ganho de função” por comentaristas, inclusive o âncora da Fox News, Tucker Carlson.
Jordan Trishton Walker também diz, no vídeo, que os experimentos seriam feitos com macacos, e que suspeita que pesquisa similar foi “o modo como o vírus começou em Wuhan”, uma referência à hipótese da origem laboratorial.
Posicionamento da Pfizer
Em resposta às declarações que vieram a publico, a Pfizer divulgou um comunicado, dia 27 de janeiro, alegando que “no desenvolvimento contínuo da vacina Pfizer-BioNTech COVID-19, a Pfizer não conduziu ganho de função ou pesquisa de evolução direcionada”.
Mas a gigante farmacêutica admitiu que combinou as proteínas spike de novas variantes de coronavírus com a cepa original para testar suas vacinas e que criou mutações do vírus para testar o Paxlovid, seu medicamento antiviral.
A empresa acrescentou ainda que esse trabalho foi realizado em um laboratório seguro e que procurou criar “cepas resistentes do vírus”, descrevendo um processo comumente entendido como sendo uma pesquisa de ‘ganho de função’.
O que é o Projeto Veritas
O Projeto Veritas foi fundado em 2010 nos Estados Unidos, pelo ativista conservador James O’Keefe. De acordo com a descrição do site, o projeto tem por objetivo investigar e expor corrupção, desonestidade, autonegociação, desperdício, fraude e outras más condutas em instituições públicas e privadas para alcançar uma sociedade mais ética e transparente.
“Como uma empresa legalmente reconhecida e com relatórios completos, o Project Veritas é a organização sem fins lucrativos mais eficaz no cenário nacional”, diz a descrição da página.
Fonte: Adaptado dos jornais Gazeta do Povo e Gazeta Brasil
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