Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 Login
Prezar pela qualidade do sono é um ato de grande cuidado com a saúde. O corpo humano precisa de energia para desempenhar as atividades cotidianas e ainda realizar suas funções metabólicas – é por isso que o momento do descanso deve ser tratado com seriedade. Um adulto precisa, em média, de 7 a 9 horas de sono diárias em ambiente adequado para viver de maneira saudável e disposta. Mas não vale apostar nos cochilos! Para ser reparador, o sono deve ser ininterrupto e em local escuro, silencioso e sem interferência de aparelhos eletrônicos.
Para garantir a qualidade do seu sono, também é preciso ficar atento aos distúrbios que podem prejudicar o descanso integral. Aprenda a reconhecer os sintomas dos distúrbios do sono mais comuns:
INSÔNIA
Ter problemas para pegar no sono esporadicamente é normal, pois o sono está condicionado ao saldo físico e psicológico de cada dia vivido. Mas, ter dificuldade para dormir durante várias vezes na semana, já configura um quadro de insônia. A insônia transforma a capacidade de se manter desligado em um obstáculo, e em muito está relacionada com transtornos de ansiedade, estresse ou hábitos estimulantes próximos do horário que costuma dormir. Quem tem insônia sofre com dores de cabeça, cansaço constante, além de ficar mais irritado, menos concentrado e pouco produtivo.
BRUXISMO
Você percebe um desgaste crescente no formato de seus dentes? Existem grandes chances de ser um quadro de bruxismo. O bruxismo é o ranger involuntário dos dentes, que acontece principalmente durante o sono. O forte e constante apertar da dentição pode deixar os dentes soltos, danificar o tecido da gengiva ou ainda ocasionar uma inflamação na articulação da mandíbula. Acordar com dor no rosto, estalo no movimento da mandíbula, dentes desgastados, inchaço no rosto e dor de cabeça são alguns dos sintomas característicos do bruxismo. O quadro costuma estar vinculado a outros distúrbios do sono (como a apneia) ou a outras condições patológicas (como refluxo e dor de garganta ou ouvido), mas também pode ser reflexo de elevado grau de estresse, ansiedade, irritação ou tensão.
APNEIA DO SONO
Acordar assustado e com sensação de falta de ar é um sinal de apneia do sono. A apneia é a obstrução parcial ou total do fluxo de ar que passa na garganta enquanto a pessoa dorme, provocando a interrupção da respiração repetidas vezes durante o sono (podem ocorrer até 50 paradas por hora). Esta condição faz com que a pessoa acorde em constante sobressalto, e, quando não acorda, o sono se torna superficial e não reparador. A apneia do sono pode ser causada por obstrução nas vias aéreas (especialmente em pessoas obesas), ter origens cardiovasculares ou neurológicas (geralmente atrelada a quadros de Parkinson, Alzheimer, AVCs). Também pode ser indicativo de hipotireoidismo ou insuficiência renal. Os sintomas incluem ronco alto, sons de engasgamento durante o sono, acordar com a boca seca, sentir muito sono ao longo do dia, aumento da irritabilidade, dor de cabeça e diminuição da libido.
SONAMBULISMO
Caminhar ou falar durante o sono, dormir de olhos abertos, ter dificuldade para ser acordado, não ter lembranças sobre o período noturno – estes são sinais clássicos de um quadro de sonambulismo. O sonâmbulo realiza atividades enquanto o corpo dorme, sem que haja consciência dos atos. Os episódios de sonambulismo são mais frequentes em crianças e tendem a acontecer durante o estágio inicial do sono, podendo durar de poucos minutos até uma hora. Não se sabe a causa exata, mas os quadros até hoje estudados mostraram relação com ansiedade, depressão, estresse, mudanças na rotina do sono, febre, cansaço excessivo, apneia do sono, ação de determinados medicamentos ou consumo de bebidas alcoólicas próximo à hora de dormir.
TERROR NOTURNO
Para além dos pesadelos ou do sonambulismo, o terror noturno é caracterizado pela intensidade de seus episódios: a pessoa grita, corre, chora, geme, transpira, faz expressões de susto, fica extremamente agitada e beira ao pânico, podendo machucar os outros ou a si mesma – sem que o corpo acorde. O “surto” de terror noturno não costuma durar mais do que 5 minutos e geralmente acontece no início da noite, logo que a pessoa entrou no sono. Não se sabe ao certo o que desencadeia este evento, mas há indícios de que o terror noturno está relacionado com longos períodos de privação de sono, febre alta, acontecimentos particularmente estressantes ou dias muito agitados. Normalmente ocorre com crianças e se torna cada vez mais esporádico com o passar dos anos.
SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS
Um impulso quase incontrolável de movimentar as pernas, impedindo que o corpo relaxe e desligue para um sono reparador. Pessoas com a síndrome das pernas inquietas enfrentam uma grande dificuldade para dormir, pois surge um impulso urgente de esticar, dobrar, sacudir e cruzar as pernas no momento em que o corpo se deita e as pernas ficam alinhadas na horizontal. É muito comum que os portadores desta síndrome passem a noite inteira chutando e se debatendo. Especialistas acreditam que o quadro é desencadeado por um desequilíbrio da dopamina no cérebro, que afeta o recebimento dos comandos relacionados aos movimentos musculares do corpo. Fatores de risco, como obesidade, tabagismo, gravidez, doenças crônicas e uso de medicação psiquiátrica, facilitam o desenvolvimento do quadro.
Fonte: agemed.com.br