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Saúde menta materna é tema de roda de conversa com gestantes do Parque Industrial

Publicado em 22/06/2022 às 17:19 por Editoria Movimento Saúde

As gestantes podem ter uma série de aborrecimentos mentais, que influenciam e prejudicam a vida da mulher. Diante desta realidade, a Secretaria Municipal de Saúde de Umuarama possui a Divisão de Saúde Mental, que oferece amparo em todas fases da gestação. Nesta quarta-feira (22) as pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Industrial participaram da roda de conversa ‘Saúde Mental Materna’, com as psicólogas Nathalia Ynae Marrique Giroldo e Ana Paula Alcântara.

Coordenadora da Divisão de Saúde Mental, Nathalia explica que puerpério é o período de cerca de 40 dias depois do parto, quando os órgãos genitais e o corpo da mulher retornam a seu estado normal, de antes da gestação. “A gestação, o parto e o puerpério são períodos da vida da mulher que precisam ser avaliados com especial atenção devido a alterações físicas, hormonais, psíquicas e até de inserção social, que podem refletir diretamente na saúde mental dessas pacientes”, detalha, acrescentando que outras UBS da cidade devem receber o evento.

Ela ressalta que cuidar da saúde mental de quem está gestando é também uma forma de cuidar do desenvolvimento integral do bebê. “Infelizmente temos acompanhado casos alarmantes de depressão pós-parto, depressão, ansiedade e até tentativas de suicídio relacionados à gravidez e ao puerpério”, informa.

A psicóloga pontua que a gestação é um período de transição que faz parte do desenvolvimento humano. “Há transformações no organismo da mulher e em seu bem-estar, alterando seu psiquismo e o seu papel sócio-familiar, podendo desta forma ser um período em que se observam aumentos de sintomas ou até mesmo o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos”, explica.

Nathalia indica que os Transtornos Mentais Comuns (TMC) incluem sintomas depressivos não-psicóticos, ansiedades e queixas somáticas que afetam o desempenho das atividades diárias. “Entre os sintomas dessa categoria estão a dificuldade de concentração, esquecimento, insônia, fadiga, irritabilidade, sensação de inutilidade e queixas somáticas, entre outros”, especifica.

A psicóloga acrescenta que a maioria das depressões pós-parto acontece dos três a seis meses após o nascimento do bebê. “Os três primeiros meses após o parto é quando a mulher apresenta a maior taxa de risco em relação a qualquer outra etapa de sua vida, de vir a sofrer uma internação decorrente de um transtorno psiquiátrico. Sendo que, cerca de 70% das mulheres com tais distúrbios, não possuem história prévia de doença mental”, observa Nathalia, recomendando que as gestantes devem sempre buscar apoio em suas UBS.

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