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No Paraná, autistas têm direito a protetor de cinto de segurança gratuito

Publicado em 02/05/2022 às 09:22 por Editoria Movimento Saúde

A Secretaria estadual da Saúde vai disponibilizar aos municípios a partir desta semana cerca de 3 mil protetores de cinto de segurança para as pessoas (crianças e adultos) que possuem Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). Os protetores poderão ser retirados pelos interessados já na próxima semana. O item também pode ser utilizado em mochilas escolares.

Segundo a Secretaria estadual da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), mais de 3 mil paranaenses já possuem a CIPTEA e todos têm direito. Quem ainda não fez o seu cadastro, basta seguir os passos a seguir. 

COMO FAZER A CARTEIRINHA DE AUTISTA?

O documento digital facilita a identificação e a prioridade no atendimento em serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. No caso dos particulares, isso inclui supermercados, bancos, farmácias, bares, restaurantes e lojas em geral.

Para solicitar o documento é preciso fazer um cadastro no clicando no link https://www.justica.pr.gov.br/servicos/Assistencia/Direitos-e-Cidadania/Solicitar-a-Carteira-do-Autista-gwoBgeNz e seguir o passo-a-passo. 

 

  1. acesse o link "Ainda não sou cadastrado"
  2. informe seus dados pessoais (nome e CPF)
  3. informe o número do telefone celular e siga o passo a passo.

 

POR QUE O PROTETOR É IMPORTANTE?

“O autista pode ter dificuldades em se expressar ao ser abordado. Com o protetor de cinto que identifica essas pessoas, é possível realizar uma aproximação diferenciada, principalmente em casos como acidentes”, disse o secretário da Saúde, César Neves.

Angélica Koerich é mãe de Ângelo, uma criança de quatro anos diagnosticada com autismo. Ela diz que a utilização do protetor de cinto auxiliará na identificação e cuidado com o menino.

“Ter um filho com autismo é um desafio diário de dedicação e amor, e o uso do protetor poderá auxiliar no cuidado da vida do meu filho, não o rotulando, mas ajudando em uma situação de emergência. Além de utilizar na cadeirinha, também vou colocar na alça da mochila escolar para facilitar a identificação”, disse.

A Sesa investe na linha de cuidado a pessoa com deficiência com capacitações e oficinas que permitem que os profissionais de saúde estejam em constante atualização. Durante todo o mês de abril a Secretaria, por meio das 22 Regionais, promoveu diversas ações, como caminhadas, palestras e rodas de conversas para fomentar e ampliar a discussão sobre o assunto.

TEA – O Transtorno do Espectro do Autismo é considerado um distúrbio do neurodesenvolvimento com início na infância, que pode afetar a capacidade de se comunicar e interagir. “Os sintomas do TEA variam de paciente para paciente, sendo os mais comuns a dificuldade de comunicação, dificuldade nas interações sociais, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos”, explicou a chefe da Divisão de Saúde das pessoas com Deficiência, Aline Jarschel de Oliveira.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milhões somente no Brasil. Estima-se que uma em cada 88 crianças apresenta sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser feito em diferentes abordagens que visam melhorar a compreensão das características centrais do autismo. A Sesa mantém 350 pontos de atenção especializados em atendimentos às pessoas com deficiência intelectual, incluindo TEA.

 

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