Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 Login
Popularmente conhecido como derrame cerebral, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma área do cérebro é interrompida, seja por um entupimento (AVC Isquêmico) ou pelo rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro (AVC Hemorrágico).
O AVC pode deixar sequelas irreversíveis se não for detectado a tempo e é uma das principais causas de morte no mundo. Conhecer seus sinais é fundamental para fazer a prevenção.
“Existem fatores de risco e agravantes, mas de forma geral, o AVC pode acontecer a qualquer um, sem causa aparente e para pessoas de qualquer idade”, afirma o médico neurocirugião Danilo Magnani Bernardi, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Segundo ele, o AVC provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem a circulação sanguínea adequada, comprometendo as funções do corpo comandadas pela área atingida, como os movimentos dos braços e pernas, por exemplo.
Fatores de risco
“Alguns fatores que ampliam muito a probabilidade de um derrame poderiam ser minimizados com simples mudanças no estilo de vida ou pelo uso de medicação. É o caso da hipertensão arterial, por exemplo, a principal causa do AVC”, destaca o especialista.
Segundo ele, depois da hipertensão, o diabetes, as doenças cardíacas, o consumo excessivo de álcool, a obesidade e o tabagismo são os principais fatores de risco para o AVC.
Os homens são mais propensos a ter um AVC antes dos 55 anos, mas em ambos a incidência aumenta com a idade. “Devido a expectativa de vida maior entre as mulheres, elas acabam sendo vítimas da doença tanto quanto os homens”, reitera o médico.
Pessoas com AVC no histórico familiar também estão entre os grupos de risco. “Isso porque doenças como pressão alta e diabetes tendem a se expandir entre os familiares”.
Crianças e jovens também podem ser acometidas pelo AVC. “O fator mais preponderante entre os mais jovens, especialmente as crianças, são as doenças genéticas. Em pessoas com idade abaixo dos 55 anos, o fator mais comum é a dissecção das artérias do pescoço, geralmente provocada por uma lesão na parede do vaso que leva o sangue ao cérebro, que pode ser provocada por um trauma, como um acidente de trânsito, por exemplo”, explica o médico.
Como identificar
Sintomas como: dor de cabeça extremamente forte, fraqueza ou dormência no rosto, braço, perna ou de um lado do corpo; formigamento de um lado do rosto, braço ou perna; perda da visão ou escurecimento em um ou ambos os olhos; perda da fala, dificuldade para falar ou entender o que os outros estão dizendo; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa conhecida; vertigem, perda de equilíbrio, geralmente, combinado com náuseas e vômitos, sozinhos ou associados podem ser provocados por AVC.
“O melhor a fazer é chamar um serviço de saúde, como o SAMU 192 imediatamente. O atendimento imediato pode salvar a vida da pessoa ou aumentar suas chances de uma recuperação completa. O AVC é uma emergência médica. Não perca tempo”, alerta o especialista.
O mais preocupante, segundo o doutor Danilo é que o AVC pode não ser percebido pelo paciente. “É possível que os sintomas sejam tão leves que passam desapercebidos. Podem ocorrer também pequenos AVCs, conhecidos lacunas, sem que a pessoa perceba. Com o tempo, a memória do paciente vai ficando alterada. Tonturas, fraqueza de um lado do corpo e dormência são sintomas que não podem ser negligenciados. O ideal é procurar um médico o quanto antes”, reiterou.
Previna-se
De acordo com o neurocirurgião, check-ups regulares, atividades físicas e uma alimentação balanceada podem ajudar a prevenir os AVCs. “Consultar o médico regularmente pode ajudar a identificar e a prevenir o Acidente Vascular Cerebral. Ele pode ajudar a identificar e minimizar os fatores de risco e recomendar a melhor dieta e os exercícios adequados para cada pessoa”, destaca.
O AVC pode ser Isquêmico ou Hemorrágico. Os sintomas são parecidos.
SERVIÇO
O médico neurocirurgião Danilo Magnani Bernardi (CRM-PR 20713 – RQE 16667), é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Fellowship em Cirurgia da Coluna Vertebral no Instituto Galeazzi de Milão – Itália, Observership AOSpine no Instituto Ortopédico Rizzoli de Bologna – Itália, Membro AOSpine Latin American, Membro North American Spine Society. Atua no Instituto de Neurologia e Neurocirurgia – Tratamento de Doenças do Cérebro e da Coluna Vertebral, que fica na Avenida Ipiranga, 4359, Fone (44) 3622-3300.