Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
Você já deve ter ouvido falar que o estresse engorda, mas já parou para pensar o porquê isso acontece? Normalmente, uma situação de medo ou estresse, provoca a liberação do hormônio cortisol, que tem a função de aumentar o açúcar no sangue, em situações de luta ou fuga, proporcionando mais energia.
Estudos comprovam que o estresse ativa a área cerebral responsável por produzir uma proteína chamada UCN3. Essa proteína desperta a vontade de comer e diminui a sensação de saciedade. “Há o aumento de adrenalina e cortisol, isso faz com que a queima calórica diminua, desregulando o controle do apetite, acelerando a multiplicação das células de gordura e promovendo a produção do neuropeptídeo Y, que estimula a fabricação de mais tecido gorduroso”, explica o médico cirurgião bariátrico Dr. Fábio Carvalho (CRM/PR 17207|RQE21422).
Todo esse processo, se constante, acaba inibindo a produção do hormônio lecitina, responsável pela queima de gordura.
O médico ressalta ainda que o cortisol em excesso aciona o sistema de recompensa e provoca mudanças no paladar. “Essa mudança nada mais é que aquela vontade de comer alimentos calóricos, ricos em carboidratos e gorduras. A preferência por esse tipo de alimento se dá porque eles aumentam a produção de serotonina, conhecida como o hormônio do bem-estar”.
O que fazer?
O acompanhamento médico, nutricional e psicológico irá fornecer ao paciente suporte para enfrentar e controlar momentos de estresse, medo e angústia, na busca pelo emagrecimento saudável.
“O dia a dia já é estressante, e quando juntamos os problemas pessoais, com dieta, frustrações da balança, cobranças, tanto o corpo quanto a mente pedem socorro e tentam lidar como podem com a situação. Por isso, é importantíssimo o acompanhamento médico”, orienta o especialista.