Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 Login
Ao lado de parte equipe, Dr. Kelson R. Ferrarini agradeceu as inúmeras homenagens recebidas pelo Dia do Pediatra
Foto: Assessoria
A pediatria é uma das especialidades médicas mais complexas afinal, a maioria dos pacientes não sabe falar. No Dia do Pediatra – comemorado nesta terça-feira, 27 de julho – o médico Dr. Kelson R. Ferrarini, coordenador pediátrico da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Norospar, fala dos desafios e gratificações da profissão.
Ao lado de parte equipe, o especialista agradeceu as inúmeras homenagens recebidas pelo Dia do Pediatra que, para ele é uma profissão para quem tem vocação, que exige técnica, dedicação e amor.
“Um dos maiores desafios da especialidade é a dificuldade de interlocução com os pacientes. O médico precisa identificar a patologia através de aspectos clínicos, como temperatura, coloração da pele, respiração... exigindo observação aguçada e constante. Além disso, tem que ter uma ampla comunicação com a família. Tem que gostar de criança, ter paciência e amor pelo que faz”, disse o pediatra.
ESTUDO E VOCAÇÃO
O Dr. Kelson graduou-se pela Univali, em Itajaí (SC) e cursou duas residências médicas (Pediatria e UTI Pediátrica) na Universidade Estadual de Maringá – UEM: foram 10 anos de estudos e muita dedicação.
A vocação pela pediatria surgiu logo no início da formação. “Queria uma especialidade clínica e não cirúrgica e durante o curso de medicina descobri que Deus me deu esse dom para cuidar de crianças e a escolha por pediatria foi natural. A segunda especialização aguçou esse dom, agregando mais capacidade técnica, que é fundamental para o exercício desta área médica”, destacou o pediatra.
Com 14 anos de carreira e mais de 12 mil pacientes atendidos, o médico diz que se sente realizado. “A maior de todas as gratificações realmente é quando o paciente se recupera. O sentimento de dever cumprido, de saber que ajudamos a salvar a vida de uma criança, é o maior de todos os prêmios”, fala.
Demonstrações de gratidão são frequentes e mexem com o coração do médico. “Uma vez, na fila da padaria, um pai com uma criança no colo conversou comigo. De pronto, não recordei o caso, pois temos dezenas de pacientes todos os dias. O pai então relembrou que o filho nasceu prematuro e ficou meses internado na UTI Neonatal, em estado grave e se recuperou. Além do agradecimento sincero da família, ver aquela criança linda, com saúde, mexeu com meu coração. Naquele dia tive um sentimento especial, de que realmente escolhi a profissão certa”, contou.
Para o Dr. Kelson, a pediatria na UTI Neonatal é uma luta diária pela vida, mas nem sempre os heróis vencem. Perder um paciente é sempre um momento difícil. “É o mais difícil. Quanto mais longa a internação, maiores os laços com a criança e também a família. Lutamos todos os dias para que todas as crianças que chegam a UTI Neonatal tenham a chance de viver”, desabafou.
A pediatria oferece um amplo campo de atuação para o profissional médico. “É um campo aberto, tanto na especialidade de pediatria como em suas sub-especialidades. Contudo, além de estudar muito e ter destreza, o médico tem que gostar, ter amor e carinho pelas crianças, ter muita paciência e tem que ter Deus em seu coração”, resume.