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O câncer de mama tem cura se for diagnosticado de maneira precoce e é por esse motivo que a mamografia e o autoexame se fazem necessários.

Foto: Blog da Saúde

Câncer de mama: a importância de cuidar da saúde mental

Publicado em 16/10/2020 às 11:14

O diagnóstico do câncer de mama é uma notícia difícil de receber. No mês de combate e conscientização sobre a doença, os profissionais de saúde mental alertam para a importância de cuidar das emoções e ficar atento ao surgimento de transtornos, como ansiedade e depressão.

De acordo com o Instituto Data Popular, 54% das mulheres com histórico de câncer de mama apontam fatores emocionais, como tristeza, mágoa e rancor, como uma das causas para a doença.

Dr. Carol Costa, psicólogo do Hapvida, afirma que alguns fatores podem ajudar a compreender o estigma que envolve essa patologia. "A palavra câncer, por si só, já carrega um peso de finitude, de morte. No caso das mulheres, a mama é mais que uma simples glândula reprodutiva e também é símbolo de sensualidade e feminilidade", explica.

Ansiedade e Depressão devem ser tratados

 Devido às consequências do tratamento que o câncer de mama provoca, muitos pacientes podem sofrer com problemas emocionais, como ansiedade, depressão e baixa autoestima. O medo de perder a mama e a incerteza da cura afetam diretamente a saúde mental do paciente.

O psicólogo do Hapvida destaca que contar com o apoio de pessoas próximas e escolher um bom profissional são importantes para o enfrentamento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), só em 2020, a expectativa é que sejam diagnosticados 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. 

"A mulher tem uma capacidade incrível de resiliência. Então, o acompanhamento psicológico se faz necessário para que ela resgate a vontade de viver e de lutar", expõe o psicólogo.

Prevenção

O câncer de mama tem cura se for diagnosticado de maneira precoce e é por esse motivo que a mamografia e o autoexame se fazem necessários. "Todas as mulheres devem ser estimuladas a conhecer o seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Cuidar de si é um ato de amor à vida", finaliza Dr. Carol.

Fragilidade e angústia

Dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), de 2019, apontam que os índices de depressão em mulheres com diagnóstico de câncer de mama saltaram de 7% para 25%.

As informações são de que as etapas, desde a confirmação do diagnóstico até a realização dos procedimentos necessários para tratar o câncer de mama, as pacientes podem enfrentar não apenas os efeitos colaterais no organismo em decorrência do tratamento, mas também desequilíbrios no âmbito emocional, acarretados, em muitos casos, pela troca de papéis que estão acostumadas a exercer. “É comum ouvir nas sessões de psicoterapia, relatos de preocupação com a perda - ainda que momentânea - de diversos papéis que as mulheres exercem no momento do tratamento. Desde que nasceram, foram ensinadas a cuidar e, no momento, estão sendo cuidadas. Isso causa fragilidade e angústia nas pacientes”, pondera a psicóloga ABP, Silvana Aquino.

Especialistas destacam que corpo e mente estão interligados, portanto, as pessoas com câncer precisam manter uma perspectiva positiva sobre sua condição e se manter ativo. Uma vida social saudável pode trazer benefícios para lidar com a doença, o estresse e a fadiga, que são comuns durante o tratamento.

Com informações: Guia Oncológico e Associação Brasileira de Psiquiatria

 

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